Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

O medronheiro era já referenciado pelos romanos





Um fruto que ajuda a tratar infecções urinárias e infecções de garganta


O medronheiro era já referenciado pelos romanos que o terão denominado Arbutus unedo. Virgílio, apelidava esta pequena árvore, muito frequente em Itália, de arbustus.

Plínio e os seus contemporâneos romanos designavam-na por unedo, de unum edo, que significa comer um só, talvez devido à sensação de embriaguez que provocava comer muitos frutos

Na realidade, pode considerar-se uma árvore, pois nalguns locais chegar a atingir cerca de 10 metros de altura, sendo no entanto o seu porte médio de entre quatro a cinco metros. Existe em quase toda a Europa Meridional em terrenos áridos e siliciosos, em bosques e matas e é muito comum na Serra de Sintra e nas serras algarvias. Expandiu-se também para a Austrália, para África e para a Irlanda.

Apresenta um tronco tortuoso, erecto e ramos avermelhados, folhas persistentes, coriáceas e serrilhadas, flores campanuladas, brancas ou cor de rosa, que florescem anualmente entre outubro e fevereiro. Os frutos maduros são muito redondos e vermelhos, com saliências piramidais que se assemelham a morangos, daí os ingleses a conhecerem pelo nome de strawberry tree. Estes frutos colhem-se habitualmente no fim do outono.A madeira fina é muito apreciada no fabrico de objetos torneados, para embutidos e marcenaria, sendo fácil de trabalhar e polir. Além disso, a sua lenha é muito boa para aquecimento produzindo um excelente carvão.


O medronho na culinária

Além do fabrico de licores e aguardente, os frutos vermelhos do medronho ficam excelentes em fondue de chocolate, compotas, azevias e outras iguarias que a criativa imaginação culinária queira. Para incentivar os produtos locais e dar um pouco mais de vida ao interior da Serra do Caldeirão, mais específicamente a São Bernabé, a Câmara Municipal de Almodôvar tem vindo a desenvolver o festival do medronho e do cogumelo, com grande sucesso.

Receita de licor

Para um litro de aguardente, use 250 gramas de açúcar mascavado, 750 gramas de medronhos e um pouco de canela moída ou pau de canela. Misture tudo. Esta preparação deverá macerar durante 15 dias em lugar fresco e escuro.

Texto: Fernanda Botelho


















































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