Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O macho e a fêmea dividem a incubação e a alimentação dos filhotes numa dedicação extrema



Tudo começa com uma dança. Sim…uma dança. Aquando da corte nup­cial, os casais cumprimentam-se em movi­men­tos de cabeça de cima para baixo, abanando a cabeça enquanto estão agacha­dos e batem com o bico enquanto ati­ram a cabeça para trás, tudo isto para reforçar os laços entre o casal no iní­cio da época de reprodução.

A cegonha-branca é monogâmica, ou seja, cada indi­ví­duo tem um par­ceiro ao longo de toda a sua vida, sendo que o casal cop­ula fre­quente­mente durante todo o mês ante­rior à pos­tura, e rara­mente se dão relações extra-casal.

As cegonhas são também exímias con­stru­toras de nin­hos. Geral­mente con­stroem a sua “casa” no mesmo local, ano após ano e com isso con­seguem fazer nin­hos enormes com cen­te­nas de qui­los, tendo já sido reg­is­ta­dos nin­hos com 800kg de peso. Esta ave uti­liza as mais diver­sas estru­turas para levar a cabo a sua edi­fi­cação, podendo usar árvores, con­struções humanas de diver­sos tipos, postes elétri­cos e escarpas flu­vi­ais e costeiras (a pop­u­lação do Sudoeste Alen­te­jano é a única no mundo a nid­i­ficar em escarpas rochosas, onde exis­tem cerca de 40 nin­hos). Os casais podem nid­i­ficar iso­lada­mente ou em coló­nias que atingem as várias dezenas de casais. Caso o ninho não tenha sido destruído de um ano para o outro, o primeiro ele­mento do casal a chegar da sua viagem de inver­nada começa a sua reparação.

Durante os primeiros tem­pos de vida, as crias alimentan-se das regur­gi­tações dos prog­en­i­tores e crescem muito rap­i­da­mente, chegando a pesar mais de 3kg em ape­nas 45 dias. Ambos os mem­bros do casal têm um papel fun­da­men­tal em todo o processo, seja na incubação, na ali­men­tação e na protecção das crias con­tra intru­sos ou dos ele­men­tos nat­u­rais como o vento, a chuva ou o calor, sendo que neste último é comum ver os prog­en­i­tores a abrir as asas, de maneira a criar som­bra às crias. Após o nasci­mento os prog­en­i­tores ficam no ninho durante dois meses, altura em que as crias apren­dem a voar.
Fonte: Internet



















































Sem comentários: