Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 3 de maio de 2016

O ninho tem novas asas





Já na semana passada havia indícios de terem nascido os filhotes do casal de cegonhas brancas do  Pontão de Nozelos. Tendo vindo a observar o comportamento delas, no ninho, construído numa plataforma de metal, colocada ali para esse efeito pelos Bombeiros de Valpaços,  pude verificar que os dois progenitores alternavam a permanência em casa e quando aí estavam procuravam poisar  na beira do ninho. Com os seus longos bicos, procediam à limpeza do local onde têm as crias e emitiam sinais se alguma ave se aproximasse. Essa confirmação, da presença de outras asas no ninho, veio há dias quando vi espreitar umas cabecitas, de bico escuro, que mal se mantinham na posição correcta.
E o casal, revesando-se de tempos a tempos, ali se mantem, qual sentinela atenta, protegendo os filhotes.









































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