Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Cozinhar na panela de ferro para reduzir custos



No Concelho de Valpaços, comerciantes do ramo dizem que a venda de panelas de três pés tem sido grande
As panelas de ferro, que eram muito utilizadas no século passado para confecção dos alimentos ao calor da lareira, voltaram a estar na moda, na nossa região, ajudando a poupar dinheiro em tempo de crise.
Com a crise económica, este utensílio de cozinha voltou a ter grande utilização nas casas de muitos habitantes das aldeias, para confecção de alimentos e para aquecimento de água.
Aninhas, residente em Lebução,  conta que tem em casa uma panela de ferro, pote de seu nome, que pertenceu à mãe, e que nos meses de Outono e de Inverno, tem permanentemente junto da lareira. "Em vez de gastar gás”, consome lenha para aquecer a água que depois utiliza na lavagem da louça e em outros trabalhos domésticos. “Poupa-se gás, porque as botijas vão-se embora num instante”, diz a senhora. 
Explica que, desta forma, acaba por juntar “o útil ao agradável”, porque como tem a lareira acesa para conforto da casa, aproveita para manter a panela de ferro com água junto do lume, o que lhe garante água quente em permanência. Como reside sozinha, 
 Garante que uma sopa feita na panela de ferro “fica mais saborosa” e que também costuma confeccionar cabrito e borrego. E todos os alimentos, assim confeccionados, ficam com um sabor diferente. Melhor, muito melhor.






































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