Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 17 de julho de 2016

A beldroega está profundamente enraizada no Sul do País




A planta, profundamente enraizada no Sul do País (sobretudo no Algarve e Alentejo), era usada com frequência na alimentação por gerações anteriores, mas actualmente ameaça cair em desuso. O que poucos sabem é que, se for consumida diariamente em saladas, sopas ou guisados – defende a coordenadora do Laboratório de Química dos Alimentos, Isabel Saraiva de Carvalho, “pode prevenir o colesterol e a diabetes”. “A beldroega é a planta terrestre mais rica em ácidos gordos omega 3”, refere a professora auxiliar da UALG, que explica a necessidade de haver um equilíbrio entre o consumo de omega 6 e de omega 3, o que não acontece na alimentação actual. “Esta planta tem uma espécie de sistema alternativo. O omega 6 é a gordura que vem, por exemplo, do azeite e é extremamente benéfico, ninguém duvida. Trata-se de uma gordura poliinsaturada. Mas a questão, e é isso que tentamos provar, é que o consumo do omega 6 por si só não é solução. É o balanço dos dois (omega3 e 6) que importa”, defende. Este óleo essencial também está presente no peixe de água fria, mas a planta é mais fácil de consumir, na forma de saladas, chás ou sopas. “Acreditamos que este consumo é importante para que o balanço entre o omega 6 e o omega 3 volte a ser equilibrado. O omega 3 ficou esquecido”, diz a investigadora que, há quatro anos, e na sequência de um rastreio feito a outras plantas, como o espinafre ou o agrião, percebeu que “a beldroega tem valores muito superiores”. "É BENÉFICA PARA A SAÚDE E SABE BEM" “Já tenho o terreno preparado para semear as beldroegas dentro de pouco tempo”, diz ao CM Custódio Moreno, de 65 anos, residente na zona de Gambelas. O ex-agricultor recorda os anos em que vendia a planta no mercado: “As pessoas pediam muito, quase que lutavam entre elas para conseguir levar um molho”. Sabe que tem propriedades benéficas para a saúde e “um sabor delicioso”, diz. Faz parte da sua dieta alimentar, garante: “Faço muitas vezes sopa de beldroegas: coze-se batata, chouriço e toucinho, depois mói-se, acrescenta-se alguns bagos de arroz, mais água e sal. No fim, coloco a planta e deixo dar mais uma pequena fervura”. É uma das receitas possíveis para utilizar a beldroega, que também pode ser consumida em saladas. PORMENORES COLESTEROL Investigadora pretende testar uma dieta rica em beldroegas (uma dose diária) nos lares da região e fazer medições para ver os níveis de colesterol. Faltam verbas para avançar. VARIEDADES Existem duas variedades de beldroega, uma de folha dourada, outra de folha verde. Aquela é mais larga e de mais fácil consumo. A verde é pequena e menos apetecível do ponto de vista alimentar.
Fonte: CM
















































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