Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 9 de outubro de 2016

A festa de Santa Rita, nas Ermidas, encerra o ciclo de festas e romarias no concelho de Valpaços



A festa de Santa Rita, nas Ermidas, que tem lugar no 2º Domingo de Outubro, também conhecida pela festa das merendas, encerra o ciclo de festas e romarias no concelho de Valpaços. Gente de todos os cantos do Concelho, e não só, desloca-se a este pequeno povoado, com meia dúzia de habitantes, para homenagear a advogada das causas perdidas, Santa Rita de Cássia. E essa deslocação, cada vez mais, é feita a pé, dum modo solitário e recolhido, em oração, ou em grandes e barulhentos grupos, que fazem do percurso uma animação, com tempo para tudo, nomeadamente para por a conversa em dia.

Já nas Ermidas, é tempo de pagar as promessas, na pequena capela que alberga a Imagem da Santa, situada num lugar previlegiado, na margem direita do Rabaçal, donde se pode vislumbrar uma paisagem deslumbrante.

A Missa Campal é celebrada, todos os anos, por volta do meio dia, para uma imensidão de fiéis que assiste à celebração, nas escadarias, à sombra das oliveiras, no adro da capelinha e até no caminho que envolve o lugar.
Depois da Procissão o povo espalha-se por vinhas e pinhais, estende a toalha e come e bebe até que a banda dê o mote para o bailarico.

E então é só bater o pé no chão até as luzes do céu se acenderem.











































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