Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

O Outono instalou-se



O Outono instalou-se. Definitivamente, penso. E a chegada de uma nova estação é algo sempre novo, nas nossas vidas. A vida das grandes cidades, a falta de contacto com a natureza e o ciclo acelerado ao qual nos acostumamos, faz com que essa percepção fique um pouco esbatida. Entretanto, as quatro estações, cada qual à sua maneira e cada vez menos, não mudam apenas o tempo, mas, também e, muito, a maneira como nos relacionamos com as pessoas, com o mundo, com situações que nos envolvem.
O Outono, a estação que vivemos, é uma época dourada, colorida, rica. É o tempo de colher o que produzimos na expansão do verão, no calor do sol vibrante. Colher, não só materialmente, mas existencialmente. Também é hora de nos prepararmos para o Inverno, que é do frio e do recolhimento. Uma só estação e duas formas de se comportar _ colher e preparar.
Observar esses movimentos naturais ajuda-nos a entender os ciclos pelos quais passa a nossa vida. Às vezes, controlar a ansiedade de conseguir algo, de aspirar qualquer coisa ou posição talvez seja, apenas, a precaução material para a próxima estação, Adiar um projecto sonhada para depois, para a Primavera, de repente, pode garantir recursos necessários para enfrentar a natural reclusão da nossa mente e corpo no Inverno

Prestar mais atenção ao nosso redor, por mais minucioso que isso seja, ajuda-nos a entender e a trabalhar à favor de nós mesmos. Assim, garantimos mais alegrias, serenidade e mais aceitação dos acontecimentos alheios à nossa escolha.













































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