Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Nevoeiro _ Fernando Pessoa



Nevoeiro _ Fernando Pessoa


Neste poema, Fernando pessoa transmite-nos uma imagem triste, desencantada do País e dos portugueses.
O nevoeiro envolve os portugueses, não os deixando ver a realidade de uma forma clara e racional. 
Perdidos… não encontram o caminho do futuro.
Agarrados ao passado, esperam uma força divina, que, chegando, dissipe o nevoeiro e o salve da letargia em que se encontram.
Mas Fernando Pessoa, também nos deixa uma palavra de ordem, “É a Hora”!
Só que essa hora ainda não chegou. E ontem como hoje a História repete-se.
José Afonso, numa das suas canções, diz: “ o que faz falta é animar a malta, o que faz falta”……
Mas o que realmente faz falta é educar a malta. Educar para uma cidadania plena. O País não vai lá só com lamentos.
Os portugueses, sabem lamentar-se como nenhum outro povo, como se fosse um vício. Lamentos inconsequentes, aos quais o poder já não dá importância. Lamentos sem força, sem unidade, como se fosse uma desculpa, para o estado a que o país chegou.
O País não vai lá só com lamentos, é necessário educação, acção e convicção.
A desculpa de meio século de um regime salazarista (que como bem disse Sophia de Mello Breynner “teve o mérito de tornar a alma dos portugueses mais pequena”), já não se aceita!
É necessário agir! Tomar consciência dos direitos e deveres de uma cidadania plena e levar o país para a frente!
No fundo o que quero dizer é que o País somos todos nós - portugueses - e se não acreditarmos em nós, quem acreditará?
Se cada um de nós procurar o seu caminho, a sua razão de existir, o seu orgulho de ser português, (e conseguir com isso, desenvolver um projecto de vida, sólido e com base no conhecimento), estamos de alguma forma a contribuir para cumprir Portugal.
Juntando a minha voz à de Fernando Pessoa, repito e acrescento, É a hora! É agora! Ou então nunca mais…
Fonte: Maria da Graça Gomes














































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