Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 11 de dezembro de 2016

Numa casa portuguesa, fica bem pão e vinho sobre a mesa







Numa casa portuguesa, fica bem
Pão e vinho sobre a mesa
E se à porta humildemente
Bate alguém
Senta-se à mesa com a gente
Fica bem esta franqueza, fica bem
Que o povo nunca desmente.
A alegria da pobreza
Está nesta grande riqueza
De dar e ficar contente

Quatro paredes caiadas
Um cheirinho a alecrim
Um cacho de uvas doiradas
Duas rosas num jardim
Um S.José de azulejos
Mais o sol da primavera
Uma promessa de beijos
Dois braços à minha espera...
É uma casa portuguesa com certeza!
É com certeza,uma casa portuguesa!

No conforto pobrezinho, do meu lar
Há fartura de carinho
E a cortina da janela, é o luar
Mais o sol que bate nela...
Falta pouco, poucochinho p'ra alegrar
Uma existência singela...
É só amor, pão e vinho e
Caldo verde, verdinho
A fumegar na tigela

Quatro paredes caiadas
Um cheirinho a alecrim
Um cacho de uvas doiradas
Duas rosas num jardim
Um S.José de azulejos
Mais o sol da primavera
Uma promessa de beijos
Dois braços à minha espera...
É uma casa portuguesa com certeza!
É com certeza,uma casa portuguesa!

É uma casa portuguesa com certeza!
É com certeza,uma casa portuguesa!

Rául Ferreira, V. M. Sequeira e Artur Fonseca














































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