Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Restam uns tantos relógios de sol em Lisboa

                                                Foto retirada da Internet

Até há praticamente um século, o tempo colectivo dos lisboetas foi marcado por relógios de sol ligados a pequenas peças de artilharia. Por altura do meio-dia, quando o sol atinge o seu ponto mais alto no horizonte, uma lente fazia acender uma mecha que, por sua vez, disparava a peça. Acertava-se assim os relógios mecânicos pela hora solar.
Este tipo de instrumento, chamado meridiana, existia nas residências reais, Paços, mas também noutros locais da cidade: primeiro, no Castelo de São Jorge, depois, na Escola Politécnica e, finalmente, no Jardim de São Pedro de Alcântara. Esta última deixou de funcionar por volta de 1914.
Em muitas torres relojoeiras, a par do relógio mecânico, há um relógio de sol. Isto acontece porque a relojoaria mecânica, durante muito tempo, foi pouco fiável, acumulando atrasos ou adiantamentos diários.
Restam uns tantos relógios de sol em Lisboa. Como o exemplar vertical da Sé. Tal como a maioria das catedrais, a Sé assume uma orientação Este-Oeste mas o alinhamento não é rigoroso, pelo que foi necessário utilizar uma cunha para manter o relógio de sol correctamente orientado para Sul. Desta forma, simplifica-se a leitura do relógio, permitindo que as marcações das horas sejam simétricas em relação ao eixo do meio-dia solar. O ponteiro, ou gnómon, que é a aresta superior do triângulo, tem a inclinação da latitude do lugar, ficando paralelo ao eixo da Terra. Assim, as marcações das horas solares são válidas para todo o ano, embora a leitura possa apresentar erros de alguns minutos. Devido ao formato elíptico da órbita da Terra, não existe nenhuma orientação fixa do gnómon que mantenha uma relação geométrica com o Sol durante todo o ano. Por este motivo, não é possível construir um relógio de sol fixo com mostrador simples que mostre sempre a hora exacta. A hora marcada pela sombra pode estar adiantada cerca de 16 min ou atrasada cerca de 14 min, dependendo da altura do ano.
Outro relógio de sol, este horizontal, encontra-se em frente aos Jerónimos, no Jardim da Praça do Império e o seu gnómon peculiar é uma âncora. O quadrante é desenhado com efeitos provocados pela relva.
Fonte: Pelas ruas de Lisboa
















































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