Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

A migração é uma estratégia que permite aos animais deslocarem-se para regiões mais quentes




A migração é uma estratégia que permite aos animais deslocarem-se para regiões mais quentes e assim fugir das temperaturas mais baixas.
É uma estratégia especialmente bem aproveitada pelas aves, devido à sua capacidade de voar.
Através da migração, os animais podem continuar a alimentar-se normalmente e manter-se ativos, no entanto não é uma escolha de vida fácil. A migração gasta imensa energia (ao contrário da hibernação), sobretudo nas migrações mais longas.

Os andorinhões-alpinos (Tachymarptis melba), por exemplo, voam seis meses sem parar. As baleias-cinzentas (Eschrichtius robustus) viajam noite e dia e chegam a percorrer entre 16 a 22 mil quilómetros por ano, a um ritmo de cerca de 120 quilómetros por dia. Detém o recorde da maior distância percorrida entre os animais mamíferos, mas que não ultrapassa a pardela-preta (Puffinus griseus) com uns, inserir adjetivo à escolha, 64 mil quilómetros por ano.

Como termo comparativo, o planeta Terra tem apenas 40 mil quilómetros de circunferência.

Curiosidade: O desaparecimento das aves durante o Inverno foi durante vários séculos um mistério e deu origem a diversas teorias. Umas mais plausíveis, como acreditar-se que as aves se escondiam para hibernar, outras mirabolantes, como as aves transformarem-se em ratos ou voarem em direção à Lua
Ainda que alguns autores (como Aristóteles) já tivessem sugerido que as aves se deslocavam por grandes distâncias no Inverno, foi apenas no século XIX que as migrações foram verdadeiramente aceites. E tudo devido a um acidente:

No dia 21 de Maio de 1822, esta cegonha foi encontrada na Alemanha, com uma seta originária da África central atravessada no pescoço. Esta seta iluminou os cientistas sobre um dos acontecimentos mais importantes da vida animal: a migração. É verdade que as cegonhas e outras aves não viajam 384 mil quilómetros até à Lua. Mas fazem-no entre continentes, pelo mundo inteiro, e isso é tão verdadeiro quanto extraordinário.











































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