Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Há mais cegonhas-brancas a passarem o ano todo na Península Ibérica



Uma equipa de cientistas britânicos e portugueses confirmou que há mais cegonhas-brancas a passarem o ano todo na Península Ibérica, onde estão cada vez mais dependentes dos restos de comida deixados nos aterros sanitários.

Um estudo realizado pela Universidade de East Anglia (UEA), no Reino Unido, em colaboração com as universidades de Lisboa e do Porto, veio confirmar que o comportamento migratório destas aves está a mudar.
Uma das causas prováveis são os Invernos mais amenos, admitem os investigadores britânicos e portugueses, mas sobretudo, o aumento da disponibilidade de restos de comida nos aterros sanitários, durante o ano todo.
Com efeito, o novo estudo, publicado na revista Movement Ecology, confirma que “muitas cegonhas residentes descobriram uma forma segura de encontrar alimento durante todo o ano nos aterros”.
A equipa de cientistas, liderada por Aldina Franco, professora de Ecologia na Universidade de East Anglia, colocou emissores GPS/GSM em 48 cegonhas, para obter desta forma a localização das aves, cinco vezes por dia.
Estes aparelhos foram desenvolvidos por responsáveis da UEA, da Universidade de Lisboa e Universidade do Porto, e ainda do British Trust for Ornithology.

“A informação recolhida através destes emissores permitiu seguir os movimentos das cegonhas entre os seus ninhos e as áreas de alimentação, calcular as distâncias percorridas e estudar o seu comportamento”, indicam os investigadores, em comunicado.

Por meio dos dados transmitidos pelos acelerómetros que equiparam os emissores colocados nestas cegonhas, a equipa conseguiu perceber, por exemplo, se as aves estavam a descansar, ou a alimentar-se, ou em voo.

“Descobrimos que os aterros permitem que as cegonhas usem os ninhos ao longo de todo o ano, o que constitui um comportamento novo, surgido muito recentemente”, explica Aldina Franco.

“A proximidade entre o ninho e esta fonte de alimento certa também faz com que que tenham menor propensão para migrar para África no Inverno. Em vez de migrar, os indivíduos residentes defendem os seus ninhos durante todo o período não-reprodutor.”
Fonte: Natureza















































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