Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 17 de março de 2017

Prenunciando a chegada da Primavera, as amendoeiras em flor cobrem certas zonas do país



Prenunciando a chegada da Primavera, as amendoeiras em flor cobrem certas zonas do país, de branco, num espectáculo deslumbrante e inesquecível.
Um manto frágil, que qualquer brisa o faz mover, rosado e branco espraia-se pelas terras sobre os campos cultivados.

No Algarve, o especial colorido conferido à paisagem pelas exuberantes amendoeiras, lembra as mesmas flores que em tempos encantaram uma certa princesa nórdica, citada na lenda mourisca das amendoeiras em flor.
Segundo esta história de encantar, no tempo em que o Al-Gharb pertencia aos árabes, reinava em Silves o jovem califa Ibn-Almundim, que se apaixonou e casou com Gilda, filha de um grande senhor dos povos do Norte, derrotado em combate pelo rei mouro.
Amor que era correspondido, pelo que o casamento foi uma grande festa, mas a bela princesa, foi a cada dia entristecendo, sem que o califa lhe arrancasse um único sorriso. Vieram magos e sábios de todo o mundo, mas ninguém conseguia encontrar cura para aquela dor.

Até que um velho nórdico disse ao rei que Gilda tinha saudades da brancura dos campos cobertos de neve, existentes no seu país. Ibn-Almundim mandou então plantar milhares de amendoeiras junto às janelas do palácio, que, quando florissem, cobririam as terras com pétalas brancas, iludindo a saudade da princesa e devolvendo-lhe a alegria.
















































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