Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Mulher serrana, mãos rudes, sulcos no rosto



MULHER SERRANA

Mulher serrana,mãos rudes,sulcos no rosto
Curvada pelo trabalho de teus granjeios
Sobes a serra,a passo rumo ao teu posto
Buscando frescos e tenros pastoreios.

Não tens dia especial a festejar
Todo o dia é teu dia de mulher
Que festejas com o suor do teu penar
Serra acima até quando Deus quiser.

Na solidão dos montes és soberana
Do teu feudo rochoso e pasto bravio
És forte,destemida,és sobre- humana
Na luta pela vida e sustento,tão sofrido.

Teu dia de Mulher passas nos montes
Apascentas o teu gado o dia inteiro
Olhas em prece,magoados horizontes
No regresso a casa,à paz do teu terreiro!


Maria Manuela Vaz de Carvalho 
































































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