Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 20 de junho de 2017

Bem amparada te quero, minha filha, mas nunca em Parada



Em 2007, Fernando Ribeiro, escrevia assim no Blogue Chaves Olhares sobre a Cidade, acerca de Parada:

"Quanto a Parada, fica a 26 quilómetros de Chaves, pertence à freguesia de Sanfins da Castanheira e o acesso é feito a partir do Caminho Municipal 1065, pavimentado e com belas vistas, tão belas como perigosas, pois a sinuosidade do caminho não recomenda distracções, e a propósito da notícia de abertura, é um daqueles locais onde não se recomenda ter um problema de saúde que necessite uma intervenção urgente. Uma boa aldeia para o Sr. Ministro da Saúde visitar e até para … bem, hoje falamos de Parada. Estava eu a falar de acessos, pois a partir de Chaves há que tomar a Nacional 103 em direcção a Bragança e chegados à Bolideira ruma-se em direcção a Dadim, Cimo de Vila da Castanheira, Sanfins, Santa Cruz e depois umas montanhas à frente, é Parada."
Cresci a ouvir falar desta pequena aldeia, situada nos confins do Concelho de Chaves, e nem sempre pelos melhores motivos.
Bem amparada te quero, minha filha, mas nunca em Parada. 
Quando no Inverno, se vê, o nevoeiro, ao longe, para esses lados, a gente da minha terra diz_ não tarda, temos nevoeiro. Já está aparrado lá para Parada. Uma terra pequena a marcar a meteorologia de outros lugares
Também me recordo do excelente cabrito que o meu Pai lá ia comprar, em ocasiões especiais e do saborosíssimo queijo de cabra, confeccionado no lugar.
Hoje, Parada, é, simplesmente, ponto de passagem, sem direito a paragem, para o S. Gonçalo.















































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