Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Para se obter a palhada há que colher o feijão dentro da vagem ainda verde



Para se obter a palhada há que colher o feijão dentro da vagem ainda verde. Depois a vagem é cortada em pequenos pedaços. Posteriormente colocam-se ao sol, espalhadas em cima de uma manta, ou de palha, até secarem. Uma vez secas, guardam-se num saco de pano, à espera dos dias frios, para se cozerem com o também tradicional bucho.
O bucho (igualmente conhecido por “butelo”, “palaio” ou “chouriça de ossos”) é o companheiro indissociável da palhada. Sem estes dois “parceiros” o cozido não tem história. O bucho é feito a partir da costela e do lombo do porco depois de devidamente sorçados do.

Quanto à história da palhada, ela perde-se na noite dos tempos. A corrente maioritária defende que este prato nasceu nas casas mais pobres que vendiam o feijão aos ricos e guardavam as cascas para fazer o caldo. Será?
















































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