Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Chaves e o rio Tâmega



O “Rio TÂMEGA” é um rio internacional, pois nasce na Galiza, em Espanha, concretamente na Serra de San Mamede, província de Ourense, desaguando no Douro, em Entre-os-Rios, freguesia de Eja, concelho de Penafiel.
Entra em território nacional pela extensa veiga de Chaves -. linha de fratura, Verin/Régua – vale estrutural inativo, do ponto de vista sísmico. Este é de abatimento e dissimétrico, conservando o testemunho sedimentar de importante fase lacustre. Este rio e seguindo, sempre, uma direção norte/sul, serve de fronteira entre os dois países numa extensão de dois quilómetros.
Na primeira parte do seu percurso português, ficam-lhe a este as alturas do Brunheiro com 919 metros, e a oeste os diversos degraus que formam a serra do Larouco. Em Portugal, este rio banha a cidade de Chaves, as terras de Ribeira de Pena e de Basto, passa pelas cidades de Amarante e Marco de Canaveses, juntando-se ao Douro, após 145 quilómetros percorridos.
Devido às irregularidades do regime pluviométrico na área da sua bacia – apresenta grandes variações anuais – originam-se, consequentemente, alterações no seu regime e no dos seus ribeiros, cujas águas o vão engrossando. Por isso, no final do verão, devido ao estio prolongado, a água corrente escasseia, criando-se uma enorme degradação na sua qualidade. Ao invés, no inverno, com a abundância da precipitação e a fusão das neves que caem nas serras das proximidades, os caudais engrossam, transbordando não raras vezes. Atente-se nas inúmeras datas marcadas em paredes de casas ribeirinhas a este rio.
Em Chaves, além das águas do Tâmega, surgem-nos outras que sendo de menor caudal as ultrapassam em fama – as águas das caldas (termas).
Estas estiveram na origem da criação do burgo, advindo daí a designação de “flavienses” atribuída aos seus habitantes (Aquae Flavius, águas de Flávio).

Fonte: Farol da nossa terra (blogue)















































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