Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Já há outra vez esquilos em Portugal e vieram para ficar



Já há outra vez esquilos em Portugal e vieram para ficar


Estiveram extintos durante centenas de anos, por falta de habitat, mas na década de 80 começaram a atravessar a fronteira pelo Minho e já chegaram ao Tejo, onde se encontram fora de perigo. Ao todo, nos últimos anos, foram feitos 1.400 avistamentos de esquilos-vermelhos entre o Rio Minho e o Rio Tejo, revelou a Universidade de Aveiro em comunicado esta quarta-feira.

“Os esquilos estão definitivamente de volta ao território nacional”, lê-se no comunicado enviado às redações, que partilha as conclusões do estudo do Departamento de Biologia (DBio) da Universidade de Aveiro sobre a distribuição do esquilo-vermelho. A equipa de investigadores lançou um inquérito online e contou com a ajuda de várias centenas “de cidadãos anónimos que nos últimos anos avisaram os investigadores sempre que viam o simpático animal”. O resultado foram 1.400 avistamentos, um resultado que foi publicado no último número da revista European Jounal of Wildlife Research.

“Comparativamente ao estudo anterior, realizado em 2001 e que indicava que o esquilo ocorria apenas a norte do rio Douro, verifica-se hoje uma grande expansão desta espécie nas últimas duas décadas”, resumiu a bióloga Rita Gomes Rocha. A coordenadora do estudo aponta ainda a boa notícia de “existirem alguns registos esporádicos a sul do rio Tejo, que podem indicar uma contínua expansão em locais onde existe habitat e recursos disponíveis para o esquilo”.

Este roedor anda sobretudo pela copa das árvores e embora se chame esquilo-vermelho a sua cor varia do castanho ao preto.

O Projeto Esquilo Vermelho foi lançado em 2014 pela Unidade de Vida Selvagem da UA e baseia-se “na cidadania ativa na recolha de dados científicos, ou a chamada Ciência Cidadã”.
Texto e foto de Marlene Carriço















































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