Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 20 de dezembro de 2017

É isto o Natal de Jesus?


O dia de Natal aproxima-se a passos largos. A azáfama é enorme. Ora são as prendas, ora são os alimentos para a ceia. Vivemos depressa demais. Não damos valor a quase nada. E o que é o Natal?
Circula nas redes sociais uma frase, atribuída ao actor Will Smith, que me preenche estes dias: «Muitos gastam dinheiro que ainda não ganharam, comprando coisas de que não precisam, para impressionar pessoas de quem não gostam». Penso e espero que não seja a verdade das compras de Natal. Porém, muitas vezes pergunto-me se gostamos das pessoas a quem damos os presentes, de facto! Continuamos a proclamar que o essencial do Natal é a família, é a solidariedade, é a Paz, é a harmonia e a felicidade... No entanto, nas noticias que mais se ouvem nos meios de comunicação e nas conversas daqueles com quem nos cruzamos... São compras!

É um facto! Preocupamo-nos imenso com o "criar aquele ambiente". Gostamos da luzes, das decorações nas ruas, nos negócios, nos centros comerciais, nas nossas casas. No nosso imaginário natalício está presente o Árvore, o Presépio, o Sapatinho, as iguarias, o Bolo Rei... E as prendas ou presentes. Preocupamo-nos a "criar aquele" ambiente, muitas das vezes, porque o "nosso ambiente normal" é tão vazio e tão pouco festivo. Nestas ocasiões "enchemo-nos" para "tapar" esse vazio.
Curioso é que, muitas das vezes, desculpamo-nos com as crianças! «Para as crianças tem que haver Natal!», ouço-o anualmente. Sinto este "grito" como um "medo" de que as crianças entrem no vazio que as nossas vidas, tantas vezes, se transformam. Mas, será que com este consumismo e "este ambiente", formamos para a vida estes futuros adultos?

E a nossa coerência? Repetimos a nostalgia de "quando eu era criança, é que era!". Como lido com jovens no meu quotidiano, sou confrontado com esta incoerência. Passamos a vida a dizer que o "não" também educa, mas no dia a dia, esse "não" raramente existe. Vivemos depressa demais.

No episódio da Visitação, vemos Maria a correr para casa da sua prima Isabel. Mas "esta correria" não é aquela dos nossos dias. Ela está preocupada com a gravidez da sua familiar e quer prestar-lhe toda a sua ajuda. Nós corremos preocupados connosco, com a nossa festa. O Amor de Maria "empurra-a" para o outro. O nosso, para nós mesmos. Eis a razão de tanto vazio!
E o que é o Natal?
O Amor de Maria é o seu filho Jesus. É Natal! Maria corre para "levar" Natal; para "viver" Natal com os outros, a começar com quem mais precisa. O nosso Natal, é uma correria que se esgota no final do dia 25. Vivemos o nosso natal que é tudo menos o nascimento de Jesus. Por essa razão, a azáfama, as compras, as prendas e... O vazio.
Mas o Natal não é sempre que o homem quer? Não "este" natal! Não há carteira que aguente, nem tempo que chegue. Mas o Natal de Jesus, que se fez homem para viver com os homens; que se fez homem para ser fraterno com todo o ser humano; que se fez homem para preencher todo o vazio... Este, sim! Natal é Jesus que nasceu e nasce em nós e nos outros, se O deixarmos.
Então o Natal, é celebração e festa com a família e amigos, num ambiente de luz e cor, de prendas e presentes, quando vivificado por Jesus Cristo. «Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.» (Mt 18,20)
Fonte: iMISSIO

















































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