Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 11 de fevereiro de 2018

É tradição no Domingo Gordo comer o cozido à portuguesa e a feijoada



Esta é uma data móvel que varia consoante a data do Carnaval, celebrando-se no domingo que o antecede.
Na sua origem, a palavra Carnaval significa “adeus, carne”, marcando o dia seguinte, a Quarta-Feira de Cinzas, o início da Quaresma e da abstinência que é sua característica.

Assim, a terça-feira de Carnaval e o domingo que antecede a Quaresma são dias gordos, de excessos, onde se comem diversas iguarias de carne, em contraste com os dias magros ou dias de peixe típicos da Quaresma.
O Carnaval é uma época de folia e de excessos, e à mesa não é diferente.
É tradição no Domingo Gordo comer pratos pesados como o cozido à portuguesa e a feijoada.
Com a matança do porco por alturas de Natal, as carnes mais gordas eram cuidadosamente guardadas e salgadas pelas famílias para serem saboreadas neste dia. Orelhas, focinho, chispes e caudas eram as partes do porco degustadas apenas no Domingo Gordo.

Queijos, chouriços e presuntos são outros prazeres gastronómicos permitidos por tradição neste dia gordo, a acompanhar com vinho.
















































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