Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 26 de maio de 2018

Cegonha apaixonada volta sempre para a companheira que não pode voar


Cegonha apaixonada volta sempre para a companheira que não pode voar

Pelo 16ª. ano consecutivo, Kepletan, o macho, fez a migração da África do Sul até à Croácia e voltou para Malena, a fêmea, que não consegue voar.


Acontece todos os anos durante o mês de Agosto: Klepetan, uma cegonha macho, deixa a sua alma gémea na Croácia para fazer a sua migração até à África do Sul. Não podem ir juntos porque ela, chamada Malena, não consegue voar: a sua asa foi ferida por um caçador há 22 anos. Então, espera pelo fim do Inverno até ao mês de Março ou Abril, há já 16 anos. E Kepletan chega sempre: este ano, a data escolhida foi 9 de Abril.
Enquanto Klepetan viaja os mais de 12 mil quilómetros que separam a pequena vila de Brodski Varoš no este da Croácia à Cidade do Cabo, capital sul-africana, Malena é cuidada por Stjepan Vokic. Tudo começou em 1993, quando Malena feriu a sua asa e Stjepan a acolheu, tratando dela. Poucos anos depois o amor entre Malena e Klepetan floresceu e, a partir daí, todos os anos acontece o mesmo ritual de viagem e retorno.

E Vokic não tem dúvidas de que é a mesma cegonha que volta todos os anos: "Mal chegou foi logo directo ao balde que tenho com peixes para ele. Estava vazio porque não o esperava tão cedo, mas só ele sabe onde o encontrar. Depois, claro, foi até ao ninho tal como faz todos os anos", contou Stjepan.

Ao início, esta relação pareceu condenada devido aos quilómetros que os separavam e ao facto de Malena não conseguir migrar com Klepetan no fim do Verão. Ainda assim, o amor persistiu e hoje as duas cegonhas já tiveram 62 filhotes.















































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