Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 17 de junho de 2018

Flores silvestres, uma forma de controlar pragas



O plantio de flores silvestres no meio de plantações comerciais, com o objectivo de atrair os predadores naturais de pragas, está sendo experimentado no Reino Unido. Elas podem substituir ou reduzir o uso de pesticidas em diferentes tipos de cultivo.

Existem vespas que só se alimentam de pulgões quando são recém-nascidas. Quando adultas, precisam de pólen e néctar das flores. Por isso não há como elas sobreviverem em plantações comuns. Mas plantar faixas de flores em meio a esses cultivos pode mudar isso.

Flores silvestres já vinham sendo testadas como uma forma de controlar pragas. Elas podem reduzir o uso de pesticidas e ajudar a manter baixa a população de espécies nocivas à agricultura. Mas elas eram plantadas em volta das lavouras, e os predadores naturais não chegavam no meio, pois não se deslocam por longas distâncias. Agora, elas estão sendo plantadas em faixas de seis metros de largura, em meio às plantações.

Flores silvestres podem ser combinadas a outras técnicas de cultivo
O estudo está sendo desenvolvido pelo Centro para Ecologia e Hidrologia, no Reino Unido, por meio do programa Assist, em 15 fazendas produtoras de cereais. As plantas usadas pelos pesquisadores britânicos incluem trevo vermelho, centáurea maior e cenouras selvagens.
Segundo os pesquisadores, com o avanço de sistemas agrícolas de precisão, seria possível implementar esse tipo de habitat de inimigos de pragas. 

Flores servem de abrigo para os inimigos das pragas
Na Suíça, em um outro estudo, pesquisadores experimentaram plantar papoulas, coentro e endro, entre outras flores, em meio ao trigo. Elas abrigavam insetos como joaninhas, que comem os insetos que atacam o trigo, reduzindo o dano às folhagens em 61%.
Os pesquisadores na Suíça estimaram, ainda, que a escolha certa de flores pode aumentar a produtividade em 10%, tornando essa alternativa sustentável economicamente ou mesmo lucrativa.
Os pesquisadores britânicos querem fazer essa experiência em mais fazendas, para saber se o uso de flores funciona em diferentes tipos de plantações, e entender como isso pode ser incorporado a tecnologias modernas de agricultura.
Esse tipo de experiência pode ser combinado com outras técnicas, como o desenvolvimento de espécies mais resistentes a pragas, melhores ferramentas para diagnosticar e prever pragas e tecnologias que permitem aplicar quantidades menores de pesticidas de forma cirúrgica. Tudo isso traz uma perspectiva mais ecológica para a agricultura.

Fonte: engenheiro Bernardo Gradin, especialista em soluções sustentáveis















































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