Fonte de betacaroteno, um dos melhores aliados do seu bronzeado, esta planta diurética estimula o fígado e ajuda a combater insónias e dores menstruais.
Todas elas com propriedades muito semelhantes. O mangericão é originário do Médio Oriente, da Índia e da região mediterrânica, mas é hoje plantado um pouco por todo o mundo. Apareceu na Europa no séc. XVI. Na Índia, é uma planta sagrada e é muito plantado nos templos onde é conhecido pelo nome de tulsi (Ocymum demiflorum).
Esta era também uma planta simbólica para os antigos gregos e romanos que acreditavam que esta continha poderes de reconciliação. No norte da Europa e no Haiti está associada ao amor. Não há hoje aldeia grega onde não paire nos ares o doce perfume do basílico (Ocymum minimum), também conhecido por greek basil e que corresponde ao nosso manjerico dos santos populares.
Este não serve só para enfeitar mas também para cozinhar e afastar as moscas das sardinhas. Os gregos utilizam-na também para esse fim, plantando-a na entrada das casas como sinal de boas-vindas mas também para manter afastadas as moscas.
O seu aroma e sabor vêm-lhe do óleo assencial anetol que também é um dos constituintes principais do anis. O componente estragol, também existente no estragão, o eucaliptol e o eugenol também fazem parte do cravinho e o linalol que também existe na alfazema. Daí o forte aroma quase inibriante do manjericão. É uma boa fonte de betacaroteno, que é a vitamina A existente nos vegetais e frutos amarelos. Tem ainda cálcio e vitamina C.
É um tónico geral do organismo e um desinfectante digestivo. Aperitivo, estimula o fígado, é diurético e refrescante. É ainda utilizado para aliviar inflamações dos brônquios, gases intestinais, vertigens, insónias nervosas, espasmos gástricos, depressão e perdas de memória.
Estudos feitos sobre esta planta indicam que é um estabilizador dos níveis de glicémia, podendo ser utilizado para controlar a diabetes. Quando aplicada na pele, pode, contudo, causar alergias nas tez mais sensíveis. De acordo com a America Cancer Society, uma dieta rica em vitamina A pode diminuir o risco de alguns tipos de cancro.
Em forma de chá, o manjericão alivia dores de cabeça de origem nervosa e regulariza o ciclo menstrual. Quando diluído em água com algumas gotas e inalado, o seu óleo essencial pode ser usado para tratar bronquite crónica e sinusite. Quando diluído em óleo de amêndoas doces ou azeite, pode utilizar-se em massagens para aliviar dores reumáticas e inflamações das articulações.
A cozinha tradicional italiana é quase impensável sem basílico onde é o componente principal do pesto. Muito utilizado para condimentar pratos de massa, saladas, peixes, cereais, carne, cogumelos, pizas, enchidos, molhos e ovos. Combina muito bem com queijo fresco.
O manjericão utiliza-se ainda no fabrico de licores. Quando seco, pode juntar-se ao vinagre ou azeite para lhe conferir o sabor. Para que conserve melhor o seu aroma, é preferível utilizá-lo cru, picado ou moído. Pode substituir o tomilho, a segurelha ou o alecrim.
O manjerico ou manjericão constituem bonitas plantas ornamentais, para além de serem boas companheiras das hortícolas, consociando-se muito bem com o tomateiro. Plantado em filas alternadas, protege-o dos insectos e doenças, melhorando o seu sabor e estimulando o seu crescimento. É também um bom repelente de moscas, mosquitos e mosca da fruta.
Para isso, é muito útil colocar um vaso de manjericão em cima da mesa quando se tomam refeições ao ar livre. Convém, no entanto, despontar o topo da planta para que cresca mais robusta e forme pequenos arbustos. Algumas variedades dão lindas plantas de interior. Todavia, este dá-se mal com a arruda, talvez porque esta é muito amarga e o manjericão doce.
Texto: Fernanda Botelho
Sem comentários:
Enviar um comentário