Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

Estive no castelo de Monforte




Estive no castelo de Monforte. Monforte de Rio Livre, para ser mais precisa. Há anos que não visitava o monumento e o espaço envolvente. E não gostei do que vi. Não gostei mesmo nada. Tudo o que nos rodeia é deprimente, desolador, excepto a paisagem, deslumbrante, de tirar o fôlego. Há giestas, tojos e outras plantas invasoras por todo o lado. O parque de merendas, muito bem projectado e executado, na época, agora parece varrido por um temporal.
Quem acede ao castelo por Águas Frias, o único acesso referenciado, vê-se grego para lá chegar. De jeep ou a pé, pois de automóvel certamente não chega.
Há anos, um amigo meu, Gil Leitão Borges, fez um trabalho sobre este monumento, no âmbito da história militar, no curso de Majores, um excelente trabalho, classificado com a nota máxima. Quando o invoca, diz que é o mais bonito de todos os castelos raianos. E eu acrescento_o mais bonito e, provavelmente, o mais degradado, o mais votado ao abandono.
Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Águas Frias, o povo que o elegeu espera mais de si no que concerne à preservação do Património. Se o espaço estivesse condignamente intervencionado, todos lucrariam com isso.
É no turismo que estou a pensar, claro. Em que outra coisa poderemos pensar nós, os que vivemos nas aldeias de Trás os Montes?
Senhor Presidente do Município Flaviense, meu caro amigo Dr.º Nuno Vaz, as aldeias, na sua pequenez e reduzido número de habitantes, fazem parte integrante do concelho. Não pode nem deve descurar o caso de Águas Frias, e o seu Património.
O castelo precisa, urgentemente duma intervenção. Não podemos deixar delapidar o que os nossos antepassados construíram com tanto sacrifício, com tanto ardor, com tanto amor à Pátria.















































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