Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 12 de janeiro de 2019

Hoje, dia 12 de Janeiro, era dia de aniversário do meu Pai



Hoje, dia 12 de Janeiro, era dia de aniversário do meu Pai. Era dia de família reunida, de união, de partilha, de entrega de alegria. Dia de mesa cheia, com todos à volta dos Pais. Dia de sorrisos e abraços e das histórias de sempre, partilhadas com o mesmo sabor da primeira vez.
O meu Pai já partiu há muitos anos, mas eu recordo-o, sempre, com a mesma admiração, o mesmo respeito, o mesmo carinho. E com muita saudade. Com imensa saudade.
Era eu criança, deflagrou, durante a madrugada, um violento incêndio na Igreja. As imagens que retenho na memória, são nítidas _ o meu Pai, e o meu irmão Henrique em cima do telhado a tentar apagar com a água que o Fernando Lavrador lhes chegava, em cântaros, duma escada encostada a uma parede do edifício em chamas.
Eu de mão dada com a minha Mãe, ia ouvindo o pedido de quem tinha medo que o telhado abatesse_Manuel desce daí. Ó meu Deus este homem é muito atrevido.
Mas não, o meu Pai não era atrevido. Era corajoso, destemido, leal, trabalhador, valente, habilidoso...
E só desceram do telhado, para nossa tranquilidade, ele e o meu irmão Henrique, quando o fogo estava completamente controlado.


Este, é um episódio de coragem dos muitos que o meu Pai protagonizou ao longo da vida.
Hoje era dia de aniversário do meu Pai. Para ele, um beijo de eterna saudade.
















































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