Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 5 de maio de 2019

Até sempre, querida amiga



Hoje, levantei-me cedo e fui para Chaves. Fui despedir-me da minha querida amiga Cristina Rosa Costa Gomes, que Deus chamou para si. Custou-me muito deparar-me com aquela família desfeita, arrasada pela dor da perda, mas fui buscar forças nem eu sei onde, para os encorajar. Com o marido e filhos falámos de coisas do dia a dia, de coisas simples que a Cristina tanto prezava. Um dia ela disse-me_Graça tu tens um jardim bonito, mas as minhas aromáticas ganham. Eu tenho muitas mais. E tinhas. Só não tinhas néveda, a minha coroa de glória. Soube, pelos teus filhos, que as aromáticas eram da inteira responsabilidade do teu Ricardo. Batota não vale, Cristina! Hoje, prometi ao teu filho, que logo que possa vou levar-lhe a néveda. 
O teu marido falou, com as lágrimas nos olhos, da amizade que nos unia e da admiração que tinhas por mim. Não sei porquê, amiga. Mas eu sei isso tudo, Cristina. Há coisas que não é necessário dizer. A gente sente-as. E eu gosto muito de ti. Gosto da tua maneira simples de viver, da tua transparência. Dessa tolerância com que aceitas todas as diferenças. Do respeito que tens por ideais e crenças. E dessa inteligência que te faz ver longe, muito longe.
És um ser humano invulgar_uma MULHER digna, lutadora, amiga, transparente, solidária. E uma profissional competente.
No mundo, devia haver mais MULHERES como tu.
Até sempre, querida amiga.
















































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