Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.
É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.
Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.
Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.
A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".
A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
A amora nasce da silva
quinta-feira, 20 de junho de 2013
A amora nasce da silva
quarta-feira, 3 de outubro de 2012
A amora nasce da silva
As flores são lindas; os frutos são belos e ricos em anti-oxidantes. Recordo-me do tempo em que, na escola, era um "risco" responder à pergunta :"gostas de amoras?"...é que, na positiva, lá vinha a ameaça, em verso: "ai, sim?...então, hei-de dizer ao teu pai que já namoras"!!!..só mais tarde, esta simbologia se tornava realidade pela aproximação da cor e sabor da excelente amora ao sabor e cor dos lábios da doce amada. Ainda, hoje, não resisto a lambuzar-me com uma mão cheia delas, apanhadas, mesmo com pó, nas beiras dos caminhos rurais, onde as agressivas silvas nos desafiam a colhê-las, lembrando-nos que,como tudo na vida, as coisas boas escondem-se entre os espinhos... quem tiver medo de se picar, nunca conseguirá saboreá-las. Belas fotos, Graça.
Texto/comentário de António Tété Pereira