
Comemora-se hoje, dia 25 de Outubro, o Centenário do Nascimento do Dr. Olímpio Seca, digníssimo e ilustre médico, natural da Freguesia de Vilarandelo, a quem o povo do Concelho de Valpaços muito deve.
Alma nobre, generosa, sempre pronta a ajudar o próximo, especialmente o mais fraco, o mais desfavorecido. Homem de cultura invulgar, sábio, honesto, um amigo, sempre com uma palavra de conforto e esperança a quem a ele recorria.
Um Grande Homem, um Grande Médico, um Humanista, com Valores, uma Alma Grande.
O Dr. Olímpio ficará para sempre na nossa memória.
Que o seu exemplo inspire o homem e a sociedade.
Fonte: Eugénio Borges (Botar a Boca no Trombone)
Nasceu em Vilarandelo, concelho de Valpaços, em 25-10-1910. Faleceu em 21-10-1984.
Licenciou-se em Medicina em 1937. O concelho de Valpaços, através da Câmara prestou-lhe uma homenagem em 16-11-1996. Nesse acto solene foi dito que "as populações, principalmente as do interior, tinham carências vitais, de subsistência, de saúde, de acesso ao ensino, de liberdade.
É neste contexto que Olimpio Seca desenvolve uma notável acção quer como médico, quer como cidadão interveniente e de compromisso na defesa dos valores de solidariedade, de liberdade e de humanismo actuante.
Foi amigo do seu amigo, amigo dos doentes e muito especialmente, amigo dos pobres, numa entrega generosa, fazendo jus à valorização do homem como pessoa em todos os locais e circunstâncias. Foi um humanista no dia a dia. Amou os pobres, dedicou-lhes a vida, o saber, as forças e até o dinheiro".
A afirmação mais rigorosa da sua vida e obra foi referida no Jornal Arauto de Vilarandelo, em Novembro de 1995, ao escrever:
"Um médico que foi sacerdote, sacerdote que também foi médico: nasceu pobre e não morreu rico."
Fonte: Gaspar Borges (Dicionário dos mais ilustres Transmontanos e Alto Durienses)
E eu, que tive a honra de o ter como médico da minha família, e, portanto, de privar com este ser humano excepcional, em situações diversas, digo que o Dr. Olímpio Seca foi um Homem bom e solidário, um profissional competente e atento, um cidadão interveniente.
Das longas conversas que tivemos, e que recordo como ensinamentos, saliento uma, num dia 25 de Novembro, quando constatámos que a minha mãe tinha nascido no mesmo dia, mês e ano.
Celebrámos esse dia duma maneira pouco habitual, nestas circunstâncias.
A Laura de Pedome, uma nossa antiga empregada e grande amiga, é que foi contemplada com uma oferta, por parte do "Médico dos Pobres", quando deveria ser o aniversariante a recebê-la.
A sua generosidade e o amor pelos mais desprotegidos, mais carenciados, falavam sempre mais alto.