Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

Mostrar mensagens com a etiqueta fonte. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta fonte. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 14 de março de 2017

A árvore e a Fonte



Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres da fome e de fadigas:
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo. Envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,
Na glória de alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!

Olavo Bilac
















































terça-feira, 1 de dezembro de 2009

A Fonte


Este lugar, mais uma porta de entrada para Lebução, chama-se Fonte. O nome veio-lhe, provavelmente, da existência, nesse espaço, duma fonte de água corrente alimentada por outra de mergulho, actualmente fechada e quase enterrada, desde a delineação e calcetamento dos passeios que a envolvem.

Essa água, a correr dia e noite, mata a sede a quem passa e é aproveitada para regar os terrenos circundantes, tornando-os mais produtivos e transformando a Fonte num espaço verde, muito verde e refrescante.

A minha veia nostálgica e o amor que tenho à minha terra vão falar mais alto:

Era uma fonte linda, incorporada na parede de granito tosco, ornamentada de heras, um monumento à nossa ruralidade. No lugar das heras, e em nome duma modernidade balofa, colocaram uns azulejos, descontextualizados, que feriam os olhos dos mais sensíveis. Mais tarde, estes, foram substituídos por placas de granito lapidado. O folclore a prevalecer...

Mas a fonte continua a verter água transparente, leve e refrescante, matando a sede a quem passa.

O lugar continua a ser ponto de descanso no Verão, depois de um dia de trabalho e de convívio dos mais novos, em tempo de férias.

Quem não se lembra dos bons momentos passados à sombra daqueles grandiosos plátanos?