Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Quando o Sol nasce nos Outeiros


O ar puro da manhã

Anuncia a sua presença
E proclama
O seu direito de entrar em cada casa.




Abre-lhe as tuas portas.
Tira as tuas camadas.
Levanta o teu rosto.
Expõe o teu peito.
Abraça-O com as tuas mãos humanas.


Deixa esse cheiro ácido que te sufoca,
Esquece feridas passadas,
Enxuga as tuas lágrimas,
Fala,
Canta,
Liberta-te da desesperança,
Não deixes que te cortem, planta.


Pensa nas manhãs que virão,
Põe fim às memórias que te prendem.
Deixa entrar a manhã clara
Na tua casa,
E que Deus se sinta confortável
dizendo-te a sua palavra viva…


…e Deus nascerá no teu sorriso puro!




(Ulibarri)







2 comentários:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
bela imagem do nascer do Sol e belo poema.
abs

Anónimo disse...

Conheço bem esta casa e também já tive o privilégio de ver daqui o nascer do Sol.
Como diria o Malato:
"Já fui muito feliz aqui"
Beijo