Em 1578, D. Sebastião morreu na batalha de Alcácer-Quibir, no norte de África.
Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.
É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.
Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.
Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.
A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".
A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Restauração da Independência - 1º de Dezembro
Em 1578, D. Sebastião morreu na batalha de Alcácer-Quibir, no norte de África.
2 comentários:
O período mais negro e mais triste da história de Portugal tinha começado. Foi uma amarga lição que ficou gravada, eternamente, na memória dos portugueses
A falta de lucidez de um jovem príncipe e a traição de alguns portugueses, vendidos aos castelhanos, quase amortalharam o país.
Com a Pátria morre também a maior glória nacional, Luís de Camões (1524-1580) começa os Lusíadas na prisão, sai para a Índia onde se bate em várias expedições militares, segue para Macau onde deve ter acabado o poema. Publica os "Lusíadas" em 1572. O rei D. Sebastião outorga-lhe uma tença de quinze mil - réis anuais, que não devia ser suficiente, para este homem de génio e cultura superior, cujos sonetos são de beleza ímpar e o poema épico, "os Lusíadas", o cântico espiritual que anima e identifica este povo. Morre doente e na mais completa miséria, a 10 de Junho de 1580.
É publicado o livro "Peregrinação" de Fernão Mendes Pinto, tinha sido 13 vezes cativo e 17 vendido. Os feitos tão fantásticos, embora verdadeiros, que os amigos, quando o chamavam, gracejando, diziam: Fernão, mentes? Minto.
Claro que ninguém gosta de perder a soberania, mas os nossos antepassados, por circunstâncias várias, não tiveram outro remédio...
Mas 60 anos é muito tempo e o descontentamento crescia.
Não vou aqui contar a História com a precisão que merece, apenas referir que, também neste episódio, uma Mulher teve um papel fundamental.
Um dos fidalgos envolvido era D.João, Duque de Bragança, casado com D.Luísa de Gusmão.
Por força da sua ascendência, e em caso de sucesso da conspiração, ele era o mais indicado para ser o futuro rei de Portugal.
Então, recebeu da duquesa, sua esposa, o estímulo e incentivo necessário ao avanço da revolta.
São célebres as frases que ficaram na nossa História:
"Vale mais ser Rainha uma hora, do que Duquesa toda a vida!"
e
"É melhor morrer reinando do que viver servindo!"
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