Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.
É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.
Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.
Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.
A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".
A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.
3 comentários:
Ó da casa nobre gente
Escutai e ouvireis
Das bandas do Oriente
São chegados os três reis
Guiados por uma estrela
Que lhe deu tanta alegria
Foram ver o deus menino
Dar parabéns a Maria
Nesta noite linda e fria
Só com a luz do luar
São chegados os três reis
Boas Festas vimos dar.
Os três reis como eram santos
Uma estrela os guiou
No cimo duma cabana
Linda estrela pousou.
A cabana era pequena
Não cabiam todos os três
Adoraram Deus Menino
Cada um por sua vez.
Quem diremos nós que viva
No meio de um laranjal
Viva o Senhor Presidente
Vivam todos em geral
Se nos querem dar os reis
Venham nos dar de beber
Para nos matar a sede
E o coração aquecer.
As janeiras já cantamos
Com amor e devoção
Como é belo recordar
Esta linda tradição.
Vamos dar a despedida
Como a cereja ao ramo
Pedimos a Deus saúde
Voltaremos para o ano.
Ainda agora aqui cheguei
Mal pus o pé na escada
Logo o meu coração disse:
Aqui mora gente honrada.
Quem diremos nós que viva
Raminho de salsa ao peito
Viva o Srº Presidente
Que é um homem de respeito
É um homem de respeito
Como ele não há igual
Viva a gente desta casa
Vivam todos em geral
Fiquei muito satisfeito quando vi os meus amigos, e vizinhos na fotografia do coro da Universidade.À qual e a quem eu me refiro, são Manuel Paula e Fernanda Januário os meus parabens.
Enviar um comentário