Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Promessas de Primavera


Promessas


Muita água corre ainda nas ribeiras,
Os campos já se pintam de amarelo,
Nas árvores nuas, ainda adormecidas,
Gomos tenros despontam, como é belo.


Novo ciclo de vida se aproxima,
A vida em toda a Terra se renova,
Inverno é o senhor que reina ainda,
Mas prepara o caminho à vida nova…


E a passarada canta sem temor,
Chilreada cheia de promessas
De primavera plena, toda em flor
Que chega devagar, sem grandes pressas.


Onde o tempo vai passando de mansinho,
Onde a vida vai fluindo e a todos traz,
Cheiro a tomilho, salva e rosmaninho,
Emoção sem fim, canto de Paz.

"Autor desconhecido"












5 comentários:

Anónimo disse...

GLÓRIA
Depois do Inverno, morte figurada,
A primavera, uma assunção de flores.
A vida
Renascida
E celebrada
Num festival de pétalas e cores.
Miguel Torga

Anónimo disse...

ANUNCIAÇÃO
Surdo murmúrio do rio,
a deslizar, pausado, na planura.
Mensageiro moroso
dum recado comprido,
di-lo sem pressa ao alarmado ouvido
dos salgueirais:
a neve derreteu
nos píncaros da serra;
o gado berra
dentro dos currais,
a lembrar aos zagais
o fim do cativeiro;
anda no ar um perfumado cheiro
a terra revolvida;
o vento emudeceu;
o sol desceu;
a primavera vai chegar, florida.
Miguel Torga

João Ratão disse...

Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.

Pablo Neruda

Arminda disse...

Se esses exemplares são já do jardim,como será, daqui a uns dias, em plena Primavera?
São lindas!Parabéns.
Beijo
Arminda

Armando Sena disse...

Tem destas coisas a natureza.
Apesar do frio intenso, eis que a primavera começa a marcar encontro connosco. E, nunca a natureza falta aos encontros.