Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 6 de março de 2011

Mais Carnaval














































1 comentário:

Anónimo disse...

IMPORTANTE E IMPORTADO

Esta crónica (comentário) bem que poderia caber num postal de Boticas ou de M(u)ntalegre, dos idos anos 40 e 50.
Falava-se mais no ENTRUDO.
E o seu Domingo era comemorado como o Domingo Gordo.
Sim, comemorado.
A canalhada pedinchava, com sucesso, uma alheira, uma linguiça, um salpicão, um carolo de pão centeio, e a tarde do Domingo Gordo era passada no monte, a petiscar, a brincar e em brincadeiras petiscadas.
O Carnaval era na Terça-feira - o Dia dos Caretos, dos enfarruscamentos e de outras pequenas (ou não tão pequenas) maldades, a coberto da ladainha que «O Entrudo le(a)va tudo» e «no Carnaval ninguém leva a mal»!.
O NOSSO CARNAVAL era IMPORTANTE!

Uma nova colonização está a impor-nos usos e costumes híbridos, inibidores e aniquiladores de traços ancestrais de identidade histórica.
Acabaram-se os realejos, as flautas de barro, as pandeiretas, os bombos, os ferrinhos, os reco-reco, e até as castanholas!
O País está atordoado com Sambas - se ainda ao menos fosse «de uma nota só!... --- e trepidado com «sambaneiros» , que, além de mal saberem abanar «o dito» têm mais jeito para abanar os arbustos das “€eurotacas”!
É o Carnaval IMPORTADO!

Assim, folgamos e rejubilamos com Desfiles de Carnaval como o que este Blogue nos mostra.
Eis-nos perante uma demonstração de que, afinal, por CÁ ainda há engenho e arte, imaginação e saber, brio e competência para apresentar dotes distintos próprios para se dar grandeza, brilho e Importância a qualquer comemoração.
Gostámos muito do Post(al anterior.
E não é que tínhamos mesmo razão?!

Tupamaro