Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 29 de abril de 2012

Macieiras Bravo de Esmolfe no meu quintal




Como próprio nome indica, esta variedade de maçã terá aparecido na aldeia de Esmolfe, no concelho de Penalva do Castelo. Provavelmente, há cerca de 200 anos, a partir de uma árvore de semente, cujos frutos foram muito apreciados, originando uma intensa procura de material de enxertia e, consequentemente, a disseminação da variedade.
A existência de condições climáticas, favoráveis permitiu o seu alastramento a concelhos vizinhos e garantiu-lhe o estatuto de variedade dominante de que desfrutava em meados do século passado.
A maçã "bravo de Esmolfe" de tamanho médio/pequeno, de polpa branca e macia, é sucosa, doce, com boas qualidades gustativas, de aroma intenso e agradável.

Conta a lenda que quando D. Sancho passou na aldeia de Esmolfe, num dia de calor intenso, alguém lhe ofereceu uma maçã. Surpreendido pelo sabor, o "Povoador" terá respondido: "Bravo, Esmolfe". Assim, terá nascido o nome da maçã de Bravo de Esmolfe.
 Outra história, relata, que os frutos provêem de uma macieira que ninguém plantou ou semeou. Foi-lhe assim dado o nome de Bravo, por ser brava, e Esmolfe, terra onde surgiu.


Dizem, também, que um rei ou fidalgo, tinha a mulher doente a quem o médico receitou comer pétalas de rosas. Ela comi-as, mas a contragosto. Então, o rei ou fidalgo, pediu ao seu jardineiro para cruzar roseiras com macieiras. Depois de muitas tentativas falhadas, nasceu a Bravo Esmolfe, um cruzamento perfeito de rosa com maçã!










1 comentário:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
belo texto para uma das melhores maçãs que conheço.
As origens do nome Bravo de Esmolfe são bastante curiosas.
abs