Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Drº Barbosa e o Tribunal de Valpaços - Carta de Protesto e Desencanto




CARTA ABERTA À MINISTRA DA JUSTIÇA (e-mail remetido no dia 19/6/2012 à destinatária)


Excelência;

Informo V. Exa. e todo o Governo de Portugal, para os fins tidos por convenientes, que não aceito - e os Valpacenses, no seu conjunto, a curto prazo vão fazer ouvir as suas vozes de descontentamento - que se coloque a possibilidade de extinção do Tribunal de Valpaços.

Valpaços perdeu a PSP, deixou que... lhe fechassem o Hospital, vai perder freguesias, o serviço de Finanças tem o fim anunciado... Valpaços está a perder a sua gente (por força da crise a emigração aumentou, consideravelmente) e a sua identidade.

O Tribunal de Valpaços tem uma pendência superior a 1300 processos. Anualmente, dão entrada no Tribunal de Valpaços cerca de 900 processos (650 na área cível e 250 no campo criminal). Nos serviços do Ministério Público são apresentadas mais de oitocentas queixas crime, todos os anos. Por todos estes factores, o Tribunal de Valpaços conta, neste momento e ao longo dos últimos dois/três anos, com dois Juízes (o Presidente e um Auxiliar) e dois Procuradores-Adjuntos.

Desconheço outros números e o que motiva V. Exa. contra Valpaços e contra os Valpacenses.

Os dois estudos anteriores, nunca, previram a possibilidade de encerramento do Tribunal de Valpaços e foi preciso "arranjar" um terceiro projecto para que, finalmente, os "entendidos" tenham chegado à conclusão de que Valpaços e o seu Tribunal não têm razão de ser e têm que ser encerrados.

Há cerca de 16 anos constitui família e fixei-me em Valpaços. Amo esta Terra e não deixarei que V. Exa. ou qualquer outra pessoa/entidade - em nome de uma crise sem fim e por ordem de uma qualquer "troika" - a matem.

Espero e faço votos que os "Durões Barrosos" e as "Assunções Esteves", de Valpaços, também, façam chegar a V. Exa. o seu protesto e desencanto.

Espero que impere o bom senso e que V. Exa. reflicta, de forma séria, nestas questões e que, a final, tome uma decisão ponderada e, sobretudo, justa.

Obrigado pela S/ atenção.

António Ribeiro Barbosa - Valpacense e advogado
 
 
 
 
 
 

12 comentários:

Anónimo disse...

Esperamos que não apareçam por aqui os «levianos», os ressabiados e os eternamente frustrados a «pegar» com o autor da carta que dá rosto a este Post(al).
O recado da missiva está muito bem dado.
O autor remeteu-o com a segura autoridade de sincero VALPACENSE de coração, do reconhecido mérito profissional como jurista, e de cidadão empenhado na Causa pública.
Até parece que este (des)Governo quer fazer constar que em (mais) de meia centena de Municípios não há infracção às leis: eliminam-se os Tribunais e, por ex., os números citados no Post(al) passam a pertencer à capital de Distrito!...
Já uma vez escrevemos (com muita mágoa) que Trás-os-Montes é a Região do País com maio número de traidores por palmo quadrado!
Por isso mesmo, estamos a pensar organizar um pelotão de elite, especializado na forquilha, no podão, no sacho e no alicate, para “tratar da saúde” aos «durões alisVoetados» e dar de beber o «remédio do ‘scaraβelho» a gente dessa raça.
Esperamos que à voz do sr. António Barbosa se juntem as vozes d’«Os de VALPAÇOS».
Como normando-tamegano apoiamo-lo nesta causa.
(Ps: se algum marmanjo não entender, nós explicamos-lhe).
Saudações do “partizan”
Tupamaro

Graça Gomes disse...

Os seus comentários, Luís, deixam-me sempre de sorriso rasgado...
Oportunos e certeiros!
Beijinho

Anónimo disse...

A professora Graça esta outra vez em campanha eleitoral. Quanto vale ter um blogue.

Graça Gomes disse...

Campanha eleitoral?
Ó anónimo do meu coração, tu ainda não viste nada!

Anónimo disse...

Força Barbosa estamos contigo avança para presidente, mas avança mesmo, não tenhas medo que o povo esta contigo!!!

Anónimo disse...

Quem é este senhor que se fixou em Valpaços, e diz que foi a 16 anos! Eu não conheço, será que se mudou logo no ano a seguir para outra terra?

Graça Gomes disse...

Luís, já começaram a aparecer os tais ressabiados e os eternamente frustrados, a pegar com o autor da carta! Outra coisa não era de esperar.

Luís Fernandes disse...

“O olhar do escravo é desfavorável às virtudes do poderoso”

I
O comentador de «21 Junho, 2012 09:16» talvez tenha pretendido apenas «picar» a autora do Blogue, sem outro proveito que não fosse o de dar saída a um momento de boa disposição.

Ou:
O anónimo de «21 Junho, 2012 09:16» até é «um bom rapaz».
Farta-se de apanhar surpresas agradáveis, por parte de quem não espera - o que lhe causa um certo desgosto e uma tanta amargura por não as receber de quem «segue» por submissão idiota ou de carneiro de rebanho.
Assim, procura um a gotinha de alívio para o seu desencanto tentando fazer um pouco de ironia e um risinho prosaico amarelado de desdém, mas sem o conseguir.
É pena que alguns «bons rapazes» não tenham a coragem de se emanciparem, de se libertarem de estúpidos preconceitos e de tiranetes pequenitates que só o são porque eles, os tais «bons rapazes», lhe dão esse poder.
É pena que esses «bons rapazes» teimem em meter a cabeça na areia. E perante o certo, o justo, o verdadeiro assumam uma atitude de negação só porque não provêm da nascente dos seus credos e dos seus dogmas.
Mais do que invejoso, o anónimo de «21 Junho, 2012 09:16» ficou triste por se dar com uma iniciativa certa, justa e oportuna que tão bem ficaria lá nos seus «regedores», mas que, uma vez mais, se mantiveram acomodados no curul que esses «bons rapazes», quais pategos e labregos, carregam, empalados, aos ombros.
É pena o que acontece a tão «bons rapazes», como a este simples e simpático «anónimo de 21 Junho, 2012 09:16».
Esperamos que, depois de uma nova visita a este Post(al), ele, simpático anónimo, tenha coragem para “atirar às trombas” daqueles que se lhe fazem passar por “campeões” da defesa dos “superiores interesses” dos Valpacenses uma cópia desta notícia.
Bem, quando tiver uma ou duas boas notícias “desse lado” transmita-as por esta caixa de correio, homem(?)!

II
O «anónimo de 25 Junho, 2012 06:27» é «outro que tal».
É mesmo um desperdício gastar cera com tão ruim defunto!
Peralvilho pretensamente entendido em análises psicológicas, políticas e sociais, não consegue escrever mais do que a estafada treta daqueles que não sabem dizer mais nada senão «bocas foleiras», vãs banalidades e ridículas incongruências. - (Bem sabemos que estamos a usar «areia demasiada para a caminheta deste anónimo», e que nem caberá nas caminhetas dos seus «primos-que-tais`» mais chegados).
Caramba! Se o defeito da figura do Post(al) como possível candidato à Câmara de Valpaços fosse só esse de não ter nascido em VALPAÇOS, nem valeria a pena haver eleições -ele tomaria logo posse do cargo!
Além disso, que relevância tem, seja lá para quem for, o facto deste minorca anónimo não conhecer A, B ou C?

O «anónimo de 25 Junho, 2012 06:27», topa-se a léguas: - é faccioso, isto é, no Partido a que jura pertencer, faz parte daquele grupinho (facção) característico (há-os em todos os Partidos!) de lambe-botas que dá uns guinchinhos de tuberculosa fanfarronice, julgando assustar o(s) competidor(es) do «amiguinho», de quem espera eternamente aquele «jeito» ou «tachito».
Mas que «atraso de vida» apareceu neste Blogue!


Luís Fernandes

Manuel Santos disse...

Caro Sr. Luís Fernandes: Você é filósofo, advogado oficioso ou secretário do Dr. Barbosa? É legítimo que o defenda, não estou contra isso. Contudo, não deveria aconselhar esse senhor a não afrontar as pessoas? Será que a afronta trará resultados positivos para Valpaços? Essa carta não terá resposta, pois não é inteligente, não demonstra os factos e as razões das gentes, mas sim o ódio. Sim, o ódio transmitido pelo Bastonário que é rival da Sr. Ministra! Isso pode ser contraproducente. Não tenho ódios a ninguém, nem ao Dr. Barbosa, nem a qualquer pessoa, mas fico preocupado. Que mensagem pretende fazer chegar o Dr. Barbosa quando mete na carta nomes que não deviam vir a público... Não deveria ser uma carta redigida com mais mestria? Ou acha esta a melhor estratégia? Dará isto frutos? Não me parece! O assunto ainda não está encerrado, como sabe, e, ainda vai dar muito que falar! O Tribunal de Valpaços vai manter-se a funcionar como TRIBUNAL, garanto! Esta estratégia com outros fins do Dr. Barbosa podem prejudicar a estratégia hábil do Eng. Tavares ao afrontar pessoas que estão movimentar as suas influências? Não nos devemos precipitar e misturar objectivos… Vamos todos lutar, com respeito e intensidade nos locais próprios por Valpaços, pelas suas gentes humildes e pelos serviços que ainda é possível salvar. VALPAÇOS SEMPRE!

Luís Fernandes disse...

(Continuação)....

Descanse, sr. Manuel dos Santos. Na verdade, o que nós gostaríamos é que todas as manifestações Valpacences (pelo menos essas) em prol da continuidade do Tribunal, do Hospital e de outros Serviços Públicos fossem apoiadas por TODOS, sem o venenoso e insidioso preconceito de terem sido iniciadas pelo sr. A,Barbosa, o sr. Manuel dos Santos, o sr. “Afonso Procópio” ou por Santo Inácio de Loyola!

Quanto ao Presidente da Câmara, entendemos que a manifestação dos Advogados, a da Assembleia Municipal e a (adiada) dos cidadãos Valpacenses só lhe dará força e ânimo para chamar à razão a Ministra da Justiça.

Quanto a nós, somos apenas um humilde cidadão Normando-Tamegano que deseja o melhor para a sua REGIÂO e que já está muito cansado das faltas de respeito a que sucessivos Governos da Nação se têm atrevido para com a NORMANDIA – TAMEGANA, especialmente.

Renovando o agradecimento pelo seu comentário e aplaudindo o seu fervor Valpacense (esperamos que também NORMANDO-TAMEGANO)

Luís Fernandes

Luís Fernandes disse...

Caro sr. Manuel dos Santos

Agradecemos a atenção que prestou ao nosso comentário.
Provavelmente, a interpretação que expôs dever-se-á mais a um pequenino prurido preconceituoso do que a um entendimento mais ajustado à intenção das nossas palavras.
Aceitamos como natural que assim tenha acontecido, por nem todos os nossos comentários (também não têm sido assim tantos), neste e noutros Blogues Valpacenses, lhe terem merecido leitura.
Assim, informamos o sr. Manuel dos Santos que tanto conhecemos pessoalmente o sr. A. Barbosa como conhecemos V. Exª. - àquele referenciamo-lo por fotos e imagens que têm aparecido em alguns Blogues.

Quem afrontou foi a Ministra.

O sr. A. Barbosa «protestou» contra essa afronta aos Valpacenses. Depois «protestaram» os Advogados de Valpaços, com o legítimo apoio do Bastonário.
Não nos parece justo confundir todas as intervenções do Bastónário com o azedume manifesto entre ele e a Ministra. Então, todas as atitudes da Ministra que tocassem mesmo ao de leve num, ou nos, Advogados, teriam de ser sempre interpretadas como uma oportunista maldade contra o Bastonário.
Se o sr. Manuel dos Santos é realmente uma pessoa prudente e ponderada, aceitará por bem que não se confunda o sentido de justiça e de solidariedade com a oportunidade de medíocre revanchismo.
Ou seja, neste momento, bastando até somente a leitura dos Post(ai)s dos Blogues Valpacenses, é notório que houve da parte da Ministra uma lamentável leviandade em se propor á extinção do Tribunal de Valpaços.
A pretensão da Ministra agrava o já elevado descontentamento dos Valpacenses com o (s) Governo(s) Centra(is)l.

“O Tribunal de Valpaços vai manter-se a funcionar como TRIBUNAL, garanto”! – escreve V. Exª.
Apreciamos e aplaudimos a sua firme convicção. Ou certeza? - (Não dizemos «promessa» porque estaríamos a exigir-lhe um compromisso).

E lá porque o sr. A. Barbosa se manifesta como advogado, como deputado municipal, e como cidadão Valpacense, não me parece justo que qualquer sua expressão seja logo, e sempre, confundida com estratégia - clara, escura ou obscura.
Lá por ser falado como potencial candidato a Presidente da Câmara já não pode manifestar o seu bairrismo, como cidadão; dar a sua opinião como deputado municipal; ou tomar uma atitude como profissional?
Será que os outros potenciais candidatos caem mais no goto dos eleitores só porque andam «calados como ratos», mandam recados por «pobres diabos» (V. Exª sabe que são os «ingénuos úteis»)?
Ah! Incomodou-o a referência do sr. A. Barbosa a «Durões Barrosos» e «Assunções Esteves», de Valpaços?
Ora!...
Pedimos-lhe um pequenino esforço para interpretá-la.
Deixe-nos lembra-lhe, sr. Manuel dos Santos, algo do que andamos a aprender e que V. Exª muito bem sabe, mas de que anda um tantinho esquecido:
- “Porque temos mais ideias do que palavras para as expressar, é necessário alargar as significações das que temos para além do seu uso comum”.
Nas nossa leituras, mesmo nas de comentários, temos presente que «a intenção» do autor e «o significado» do texto não são necessariamente coincidentes
(continua...)

Graça Gomes disse...

Os comentários do Srº Luís não foram publicados pela ordem que deveriam, por culpa minha. Do facto peço desculpas.