Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 14 de abril de 2013

Abril frio e molhado enche o celeiro e farta o gado




Abril frio e molhado, enche o celeiro e farta o gado.
Em Abril águas mil.
Em Abril queima a velha o carro e o carril.
Em Abril, lavra as altas, mesmo com água pelo machil.
Em Abril, vai onde deves ir, mas volta ao teu covil.
Não há mês mais irritado do que Abril zangado.
No princípio ou no fim, costuma Abril a ser ruim.
Quando vem Março ventoso, Abril sai chuvoso.
Quem em Abril não varre a eira e em Maio não rega a leira, anda todo o ano em canseira.
Uma água de Maio e três de Abril valem por mil.
 A água de Abril é água de cuco, molha quem está enxuto.
 A água que no Verão há-de regar, em Abril e Maio há-de ficar.
A carranca é mãe do cuco, vem ao princípio de Abril e diz ao Maio que seu filho está para vir.
 A geada de Março tira o pão do baraço e a de Abril nem ao baraço o deixa ir.
 A invernia de Março e a seca de Abril põe o lavrador a pedir.
A ti, chova todo o ano, e a mim, Abril e Maio.
 A três de Abril, o cuco há-de vir e, se não vier a oito, está preso ou morto.
 Abril chuvoso e Maio ventoso fazem o ano formoso.
 Abril com chuvadas, mentes amuadas.
 Abril e flores, alergias e suas dores.

















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