Há referências indicando a existência de oleiros já no século XVI. Porém, o número destes artífices aumentou, consideravelmente, nos séculos XVII e XVIII, época em que o movimento industrial cerâmico teve grande incremento no nosso país.
Das diversas peças produzidas, a talha de barro é um elemento marcante nas casa das famílias camponesas. Este objecto, que tinha como função essencial ser o reservatório de água da casa, era da maior importância nas lides domésticas, servindo de apoio no dia a dia. Tinha lugar de destaque na cozinha, normalmente perto da porta. Era daí que se retirava a água, sempre muito fresca, para beber, para fazer as sopas, o chá, ou confeccionar outros alimentos.
Para impedir que a água fosse contaminada com impurezas, as talhas eram tapadas com simples tampas de madeira, com uma pega , ou com alguidares, onde, normalmente, se encontrava também um púcaro, que servia para retirar pequenas quantidades de água do interior, para beber na hora.
Elemento imarcante do património tradicional transmontano, a talha de barro pode, actualmente, ser encontrada em muitos lares de Lebução, não mantendo a antiga função de reservatório de água, no ambiente das cozinhas rurais, ainda existentes, mas adquirindo novas utilizações, nomeadamente a nível decorativo.
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