Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Uma lufada de lucidez era o mínimo…






Uma lufada de lucidez era o mínimo

Esta miúda, com rosto de adolescente, como se vê, já é professora de Matemática há 8 anos. Na imagem, está em direto na RTP, convidada no Ano internacional da Matemática no Planeta Terra, a falar ao país da sua experiência inovadora e reconhecida sobre como atrair os jovens para a Matemática. Fez licenciatura e mestrado (dos antigos) em Ensino da Matemática, recebeu o prémio da Fundação Engenheiro António de Almeida por ser a melhor aluna do seu curso, fez o estágio pedagógico com média de 18,5 valores, já deu aulas numa universidade, já preparou alunos do secundário para entrarem no ensino superior… e agora está em vias de ter de fazer uma prova para “provar” que sabe ser “professora de Matemática”.

A pergunta que se impõe é: esta professora vai ter de “provar” mais o quê e a quem?

É muito triste assistir a este deambular de um país governado por gente estranha, sem valores, sem ideias, sem critério, sem alma, que insiste em atirar para o ar as medidas mais absurdas. Gente apostada em tornar o país numa nação decrépita, com pessoas idosas arrastando-se penosamente nos empregos e a sonhar com o oásis de uma aposentação cada vez mais longínqua, enquanto os jovens, cheios de energia, bem preparados, bem formados, inovadores, são enxotados das oportunidades de trabalho como se de uma praga se tratasse.

Uma lufada de lucidez era o mínimo que podia almejar-se, enquanto não sopra um vento outonal bem forte que atire esta estranha gente para longe das cadeiras das decisões.

(Alexandre Parafita)


















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