Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 6 de outubro de 2013

Hoje falamos de castanhas



Nesta época do ano, o Outono, fala-se de castanhas, quando de souto em souto, recebemos essa dádiva, alimento de ricos e pobres. 
Essas castanhas, que actualmente são quase um pitéu, tiveram, noutros tempos, grande importância na dieta dos portugueses. No século XVII, eram mesmo um dos produtos básicos da alimentação dos transmontanos, chegando, se necessário, a substituir o pão ou as batatas.

Depois de um período de evidente decréscimo, que se fez sentir desde os meados do século XX, assiste-se, desde o início da década de 90, a uma fase de ressurgimento da importância da castanha, no nordeste transmontano, visível tanto nos maiores níveis de produção atingidos como no aumento da área de souto plantada. 
A produção da castanha é uma actividade estratégica para o nordeste transmontano, contribuindo para a fixação da população e para o incremento de actividades económicas ligadas ao meio rural.

Hoje o castanheiro é o ex-libris da paisagem local. Esse destaque, no enquadramento cénico, é dado pela imponência visual dos soutos e também dos castanheiros isolados, que pela sua rusticidade assumem um valor patrimonial e paisagístico. Fonte: (Internet com alterações)





















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