Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 2 de novembro de 2013

Dia de Fiéis Defuntos




Solenidade de Todos os Santos, ontem, e comemoração de fiéis defuntos, hoje. Estas duas celebrações litúrgicas, tão queridas da devoção popular, oferecem-nos uma singular oportunidade, para meditar sobre a vida eterna! E fazêmo-lo, num tempo em que estamos tão absorvidos pelas coisas terrenas, que, às vezes, temos dificuldade de pensar em Deus, como protagonista da história, como origem e meta da nossa própria vida. De modo que caberia perguntarmos, se os homens e as mulheres desta nossa época ainda desejam a vida eterna?! Ou tornou-se, porventura, a existência terrena, o seu único horizonte?!
No fundo, quando falamos de "vida eterna" queremos dar um nome a esta expectativa insuprível: não se trata de uma sucessão infinita da vida no tempo, ou de um prolongamento sem fim desta vida na outra; trata-se do imergir-se da nossa vida, no oceano do amor infinito de Deus, no qual o tempo, o antes e o depois, já não existem. Trata-se de uma plenitude de vida e de alegria: é isto que esperamos e aguardamos do nosso ser e nosso estar, do nosso viver, morrer e ressuscitar com Cristo (cf. Spe Salvi, 12). Só em Cristo Ressuscitado é que a nossa vida se realiza e finaliza, na sua plenitude. Portanto, para nós cristãos, “vida eterna” não indica somente uma vida que dura ou perdura para sempre; a vida eterna refere-se a uma nova qualidade de existência, plenamente imersa no amor de Deus, que liberta do mal e da morte e nos põe em comunhão infinita com todos os irmãos e irmãs, que participam do mesmo Amor de Deus.

Fonte: Homilia da Semana

























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