Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 9 de agosto de 2014

Por todo o concelho de Valpaços existem belos exemplares de fontes de mergulho



Por todo o concelho de Valpaços existem belos exemplares de fontes de mergulho, muitas delas, pela sua dimensão e importância das nascentes que as alimentavam, terão, noutros tempos, um papel mais relevante, contribuindo, talvez, para a sua preservação, ainda que fechadas. Outras, pelo contrário, acabaram por desaparecer à medida que as zonas urbanas das aldeias se foram transformando.

Estas fontes chamam-se de mergulho porque nelas se mergulhavam os cântaros, ou outros recipientes, para os encher de água, ou por outros motivos de crença popular...

Se antigamente mergulhávamos o cântaro, devemos agora mergulhar a memória nessas heranças históricas,  nesses legados arquitectónicos de cariz popular, autênticas obras de arte, que desempenharam uma função de grande importância na vida diária das comunidades, fundamentalmente no campo social, comunitário, colectivo e até afectivo, amoroso. Ali se convivia, se davam e recebiam as notícias, se elogiava, se criticava e até se esperava, se namorava ou servia de pretexto para o encontro.
Em épocas passadas as Fontes de Mergulho foram apontadas como uma das causas da propagação de doenças e epidemias, razão pela qual o uso desta forma de abastecimento de água pública foi sendo substituído por outros modelos, passando pelos fontanários e terminando na distribuição domiciliária que caracteriza os nossos tempos.

Fonte: Internet com alterações






























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