Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Outono _ tempo de melancolia e de abundância







Esta é a estação do ano mais associada à melancolia, à nostalgia, ao declínio da existência, pois suas características principais são as quedas das folhas das árvores, suas nuances amarelas e vermelhas, o tom cinza do céu, os frutos amadurecidos que, desta forma, pesam nos galhos e caem sobre a terra.

As noites retornam mais cedo, húmidas, frias, requerendo outros hábitos, a procura de alimentos mais quentes, ambientes mais calorosos, os banhos mais aquecidos e longos. Dormir transforma-se em um ritual, pois as pessoas se envolvem em agasalhos, mantas, cobertas abundantes. Poeticamente, portanto, marca as etapas de transformação da vida, a reciclagem dos elementos da Natureza e também das emoções humanas. Inicia-se neste momento uma fase de transição, que se completa no Inverno, quando todos sentem a tendência de hibernar. No Outono, então, as pessoas vão se tornando introspectivas, mais desejosas de se abrigar nos seus refúgios, inclinadas a buscar a meditação.

O Outono – expressão de origem latina, autümnus ou autümum – é a época propícia para as colheitas. Ele detém propriedades tanto do Verão quanto do Inverno, por realizar entre ambos uma ponte transitória. E é tempo de fazer as vindimas e colher tudo que os nossos pomares produzem, desde a colorida maçã à minúscula castanha. O Outono é o tempo de abundância.
Fonte InfoEscola


































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