Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

domingo, 24 de abril de 2016

A Esteva é uma planta selvagem com uma flor lindíssima







A Esteva é uma planta selvagem com uma flor lindíssima.
Cresce por todo o lado sem pedir licença e não se acanha. É só uma pessoa se descuidar e fica com o térreo infestado de Estevas.

No Alentejo, a Esteva é usada para acender as lareiras. Quando está seca, é como pólvora. Acende que é uma maravilha, e disso eu posso garantir. Também é das lenhas, que eu conheço, a que mais aquece mas tem um senão, arde muito depressa.
Manter um lume a Esteva não é fácil pois tem de estar-se, constantemente a alimentá-lo. Por isso a Esteva é mais usada como uma “acendalha” natural.

Já há empresas transformadoras que convertem a Esteva, e outros matos, em granulado para a nova geração de recuperadores de calor. Outras fabricam adubos, chamam-lhe adubos naturais. 

Mas as qualidades desta planta não ficam por aqui. Vão muito mais além.

Segundo o conhecimento popular, a Esteva tem propriedades que muitos desconhecem. Este é um conhecimento que se vai perdendo, por isso, vale a pena transmiti-lo.

Por incrível que pareça, todos as partes da Esteva podem ser usadas para fins medicinais.

Uma das formas é de fazer chá. Consoante a parte da planta, assim o seu uso:

• Os Pompons são usados para os diabetes e ácido úrico;

• As Flores e as Pétalas usam-se para a diarreia, acalma o estômago, combate o colesterol e a fraqueza e ajuda nas constipações;

• A Rama usa-se para o ácido úrico;

• As Sementes, para combater a iterícia (envolver as sementes num pano, atar e fazer o chá).

Por ingestão das sementes pode-se desparasitar (das lombrigas).

As lavagens com água de cozedura também têm os seus benefícios:

• As Folhas com resina são usadas para atenuar as dores de ossos;

• A Rama é usada contra a queda de cabelo e para o tratamento das hemorróidas;

• As Sementes, para purificar o sangue, contra infecções internas e curar golpes (feridas).

Rua Direita













































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