Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sábado, 23 de abril de 2016

As flores do marmeleiro são comestíveis






As flores do marmeleiro são comestíveis e podem ser utilizadas em saladas, compotas e outros pratos.
Combate as diarreias das crianças, amacia e acalma a pele e as mucosas inflamadas e é útil em constipações e bronquites.
O marmelo era já conhecido dos antigos gregos e crescia como arbusto espontâneo desde a Turquia até ao Norte do Irão e à Transcaucásia. Hipócrates (460-377 a.C.) recomendava-o como remédio adstringente do aparelho digestivo.
Mais tarde, outro grande médico da antiguidade, Dioscórides
(40-90 d.C.) regista uma receita de óleo de marmelo que era aplicado em feridas com prurido, infectadas ou alastrantes. Teve durante muito tempo lugar de destaque na medicina antiga, utilizando-se mesmo como antídoto de venenos.
Actualmente, o marmelo perdeu um pouco a reputação que tinha na antiguidade não tendo, no entanto, deixado de ser utilizado para os mesmos fins que nos tempos de Hipócrates e Dioscórides.

As maçãs de ouro do Jardim de Hespérides, representadas no alto relevo do Templo de Zeus, em Olímpia, em 450 a.C., assemelham-se muito aos marmelos. Durante muito tempo, estes belos e perfumados frutos foram apreciados mais pelo seu aroma do que pelas suas propriedades medicinais ou alimentares e era comum fazer-se oferendas de marmelos aos Deuses.
Para o povo, oferecer um marmelo era uma prova de amor, tanto que no século XV oficializou-se através do decreto de Sólon a utilização do marmelo nos rituais nupciais.

Fernanda Botelho











































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