Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

terça-feira, 10 de abril de 2018

Ontem fui à festa, sim, à Festa de Nossa Senhora das Brotas



Ontem fui à festa, sim, à Festa de Nossa Senhora das Brotas, que começou no Sábado com música ambiente e, lá mais para a noite, actuou um conjunto musical, que animou o povo e fez alguns tirar o pé do chão. Continuou Domingo, com uma procissão que saíu do Bairro dos Fortes até à capela do Forte de S. Neutel, à qual se seguiu uma Missa celebrada pelo Arcebispo Dr.º Hélder Sá e cantada pelo Coro da Banda de Rebordondo. O andor da Senhora das Brotas, a Padroeira, foi transportado pelos Escuteiros e por Militares do R I 19.
A noite foi animada com vários conjuntos musicais.


Segunda Feira de Pascoela, o dia de tradição, levou-me ao Forte, que eu não visitava há longos anos.
Visitei o Forte e assisti à Festa de Nossa Senhora das Brotas, a última vez, com a minha irmã Odete e com o meu cunhado Job Lavrador, que já partiram há anos. 
Sempre que passava por ali tinha uma vontade enorme de visitar o local, o interior do Forte, a singela capelinha, rodeada de escadarias, tudo quanto a minha memória reteve. O ano passado esteve quase, mas não aconteceu.
Pois, como ia dizendo, voltei à Festa, numa Segunda Feira chuvosa, mas que não impediu o povo, sim, o mais idoso, de assistir à Eucaristia, presidida pelo Arcebispo Hélder Sá e pelo Capelão do RI 19, António Pinto Dias e cantada por elementos do coro da Igreja de Santa Cruz - Trindade.

Foi bom, foi mesmo muito bom. Pude rever um local e uma capelinha que fazem parte das minhas memórias de criança e jovem. Encontrei-me com a família Pimentel, amigos da minha irmã e família, que eu não via há muito tempo, e, sobretudo, com o Jorge Pimentel, o Jó, um jovem muito doce, muito simpático, muito educado que, há anos, perdeu os Padrinhos, a minha irmã e cunhado. Olha, Jó, se quiseres eu posso ser, agora, tua madrinha. 
Tudo isto deixou-me muito emocionada.
Pois, já me esquecia de referenciar que durante a celebração da Eucaristia foi mencionado o nome do meu cunhado, Capitão Job de Almeida Lavrador, o que me deixou agradavelmente satisfeita.
Há instituições e pessoas a quem a memória não atraiçoa.
Bem hajam, por isso.


















































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