Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quinta-feira, 5 de julho de 2018

O Tua resulta da junção de outros dois, O Tuela e o Rabaçal, que ocorre a 4 quilómetros a norte da cidade de Mirandela



O “Rio TUA” é um afluente da margem direita do rio Douro, no território da Terra Quente do Nordeste Transmontano. Com um percurso em nome próprio de 40 quilómetros, integra a Bacia Hidrográfica do Rio Douro.
Este rio resulta da junção de outros dois, O Tuela e o Rabaçal, que ocorre a 4 quilómetros a norte da cidade de Mirandela.
Como já foi publicado anteriormente estes dois rios nascem em Espanha; o primeiro em Castela-Leão e o segundo na Galiza, entrando ambos em território português pelo concelho de Vinhais. Os dois possuem uma extensão semelhante e ambos contam com afluentes paralelos – tendo estes também comprimentos iguais – no caso do Rabaçal, o rio Mente e o Baceiro, para o Tuela.
Portanto, o rio Tua é originário de Mirandela, traçando a sul todas as fronteiras deste concelho com os de Vila Flor e o de Carrazeda de Ansiães, o que faz com que defina a separação dos distritos de Bragança e de Vila Real, delineando a linha divisória de Carrazeda de Ansiães com os concelhos de Murça e de Alijó, por esta ordem.
Muitas das vezes definindo fronteiras, no seu caminho o rio Tua passa em dois distritos e cinco concelhos: Mirandela, Vila Flor, Carrazeda de Ansiães, Murça e Alijó.
Curiosidade é o fato deste rio, na sua margem esquerda se manter sempre em contato com o distrito de Bragança, enquanto que na direita,quando deixa Mirandela para visitar a única freguesia de Murça – Candedo – passar a definir a fronteira com o distrito vilarrealense até chegar ao Douro, num preciso ponto onde, na outra margem duriense surge Soutelo do Douro, já concelho de São João da Pesqueira e distrito viseense.
O Tua tem sido um rio muito mal tratado em termos de poluição. Exemplo disso mesmo, é a aldeia do Cachão, situada a 13 quilómetros a sul de Mirandela, onde o rio recebe – ainda sem qualquer tratamento – tudo o que sai dos esgotos das empresas que se instalaram no antigo Complexo Agro-Industrial, com a única exceção do Matadouro que possui uma ETAR própria em funcionamento. Nos dias que correm encontra-se em execução uma ETAR nesta aldeia, aliás prevista desde o ano de 2007.
Em praticamente todo o seu percurso, o rio era acompanhado pela via férrea de bitola métrica, com a designação homónima e que a barragem em construção encarregou-se de a matar, por ir ficar submersa.
Fonte: Teixeira da Silva
















































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