Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Nuvens correndo num rio


Nuvens correndo num rio



Nuvens correndo num rio


Quem sabe onde vão parar?


Fantasma do meu navio


Não corras, vai devagar!


Vais por caminhos de bruma


Que são caminhos de olvido.


Não queiras, ó meu navio,


Ser um navio perdido.


Sonhos içados ao vento


Querem estrelas varejar!


Velas do meu pensamento


Aonde me quereis levar?


Não corras, ó meu navio


Navega mais devagar,


Que nuvens correndo em rio,


Quem sabe onde vão parar?


Que este destino em que venho


É uma troça tão triste;


Um navio que não tenho


Num rio que não existe.

Natália Correia

4 comentários:

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,

sempre bom poder ler Natália Correia.

espectacular o slide-show e as imagens nele apresentadas.
abs

Armando Sena disse...

Slide-show de antologia, os meus parabéns.
A imagem das palavras de Natália Correia com nuvens de Lebução como pano de fundo, belo momento de inspiração.

Anónimo disse...

Lindas fotos que devem ser de Lebução. Parabéns prof. Graça pelo muito que tem feito pela sua terra.
Isto não é só blá...blá...blá.

Anónimo disse...

Boooooooooooooooooooooaaaaaaaaaaaaaaaa!