Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.
É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.
Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.
Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.
A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".
A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.
9 comentários:
Sei de um rio, sei de um rio
Em que as únicas estrelas nele sempre debruçadas
São as luzes da cidade
Sei de um rio, sei de um rio
Onde a própria mentira tem o sabor da verdade
Sei de um rio…
Meu amor dá-me os teus lábios, dá-me os lábios desse rio
Que nasceu na minha sede, mas o sonho continua
E a minha boca até quando ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
Sei de um rio, sei de um rio
Meu amor dá-me os teus lábios, dá-me os lábios desse rio
Que nasceu na minha sede, mas o sonho continua
E a minha boca até quando ao separar-se da tua
Vai repetindo e lembrando
Sei de um rio, sei de um rio
Sei de um rio, até quando
Este é o bonito poema, de Pedro Homem de Melo, que, musicado, é interpretado por Camané.
Eu, sem mais palavras, dedico-o a ti, Graça.
Cara Profª graça,
o Calvo é um belo ribeiro que nos ajuda a reviver a nossa forma de estar neste espaço.
Há que preservar estes cursos de água quanto mais não seja para as gerações vindouras.
grato pelo prazer que me proporcionaram as belas imagens.
abs
ps: vou "roubar" uma para o meu blogue, se mo permitir.
Claro que permito, Srº Coroado.
um abraço
Um maravilhoso lugar! Os moínhos da prof. Graça são o lugar mais bonito do nosso termo. Bonitos momentos que por lá se passaram.
Tenho saudades desse tempo e das pessoas que já partiram.
sempre quis saber onde fica o Rio e nunca descobri... este verão já tenho que fazer eheheh
beijinhos!
Olá Graça!
Já há uns tempos que ando a fotografar alguns trechos do Calvo para, eventualmente, colocar no meu blog. E até já consultei mapas bem diferentes para ficar a saber onde, de facto, começa o rio. É que, oficialmente, só a partir do termo de Nozelos toma essa designação. Vou continuar a invetigar.
As tuas fotos, entretanto, são muito lindas.
Beeijinho
Celestino
Prof. Graça, pena é quando nos picos dos intensos Verões que temos tido fique sem gota de água.
Mas que tem recantos de exterma beleza lá isso tem.
Saudações
O Srº Coroado, o Armando Sena e, agora, o Celestino vêm dizer-me que o Calvo é um ribeiro.
Mas não me convencem, como nunca me convenceu o meu Pai, e tínhamos acesas discussões acerca do assunto.
Se em Nozelos é rio, por que motivo não o há-de ser uns metros antes.
Eu quero que seja rio e ... ponto final.
Armando, vamos lá chamar rio ao Calvo da tua terra.
Srº Coroado, um dia hei-de levá-lo a Pedome e vai ver. A gente olha e vê que é um verdadeiro rio, agora...
Ao Celestino só peço uma coisa: em todas essas consultas de mapas ignora aqueles que o consideram rio só a partir de Nozelos. E propõe-te para seres tu a determinar as fronteiras.
Um abraço a todos.
Caros amigos Graça Gomes e Celestino Chaves:
No caso específico do Calvo, entre muitos outros cursos de caudal variável,a tradição nunca impôs qualquer distinção entre ribeiro, ribeira ou rio.Este é um dos casos em que a rígida nomenclatura científica sucede render-se à tradição. Na documentação das Memórias Paroquiais de 1758 usava-se mais ribeiro ou ribeira por ser a designação mais comum, mas o abade de Santa Valha, por exemplo, cedeu ao costume por designar o Calvo como uma das "quatro ribeiras" (...) "chamada o rio Calvo" (sic) e o pároco de Possacos muito mais a jusante (com muito maior caudal) chama-lhe ribeiro de Vale de Casas. Mas afinal que importância tem a terminologia face a essência da enternecida mensagem deixada aqui pela Graça Gomes? Em que parte do Calvo é que o rio ou ribeira era mais dócil e fabricável? A montante de Nozelos e Tinhela, claro. Veja-se o que nos diz o pároco de Nozelos nas MP pela mesma data.
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