Lebução fica situada em lugar alto e aprazível, na margem esquerda do rio Calvo, entre montanhas onde o tempo guardou riquezas e mistérios. A 25km da sede do concelho, goza de um clima de montanha com invernos frios, verões quentes e de paisagens deslumbrantes.

É uma aldeia tradicionalmente vocacionada para a agricultura (centeio, batata, castanha e vinho) e para o comércio de largas tradições. Em tempos remotos, Lebução, foi o centro das transacções comerciais de uma enorme área circundante, que se efectuavam por troca directa de produtos.

Monumentalmente, a Igreja abraça, do alto das suas torres sineiras, todo o casario disposto em anfiteatro e chama os fiéis à oração. É obra da renascença, de muros altos e bem alinhados, construção de uma só nave. O retábulo do altar-mor, é de apreciável valor artístico, com colunas salomónicas e motivos ornamentais e simbólicos, realçando as arquivoltas que guarnecem a abóbada polícroma da tribuna.O Orago da freguesia é S. Nicolau, mas a principal referência religiosa desta terra é Nossa Senhora dos Remédios, que tem o seu dia no calendário religioso - 8 de Setembro.

Aqui, como em todo o Nordeste de Portugal, usa-se uma linguagem oral, um conjunto de termos e expressões que, pouco a pouco, se vão perdendo com a partida dos mais idosos.

A hospitalidade está presente nas vivências diárias, marcadas por um espírito de partilha e solidariedade. A porta das casas de Lebução está sempre aberta para receber, à boa maneira transmontana, "quem vier por bem".


A ideia deste Blogue, surgiu da necessidade de preservar a identidade desta comunidade, aproximando todos os Lebuçanenses da sua terra natal.

A feira do Folar de Valpaços

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Campos semeados de flores


A natureza foi generosa com a paisagem que circunda Lebução, uma paisagem marcadamente montanhosa, que se cobre de flores nas Primaveras da nossa esperança. São os brancos, os amarelos, os roxos a marcar os caminhos e os terrenos que o homem não semeou.
Por entre essa profusão de cheiros e cores, um regalo para os sentidos, e o esvoaçar dum passarito assustado, foi um deslumbramento, nesta oferta generosa da natureza em festa.
.É o chão, mas poderia ser o universo,
chão inverso, onde nascem estrelaflores.
É o chão, cantochão, canto da terra, florescência permanente.
Veja, elas estão a brincar, embora aparentemente imóveis.
Trocam piscadelas, suspiros, ilusões, alusões, confidências.
Violetam-se sem violentar-se, cada qual com sua áurea íntima.
Não importa se, de repente, uma passada errante as pisotear,
aplastando-as e transformando-as em massa orgânica
para adubar a cama onde nasceram.
Um dia elas foram o cosmo, com estrelas brancas
em suas carinhas risonhas,
como almas vigilantes
e de perene beleza.

Cleto de Assis












7 comentários:

Armando Sena disse...

Ora aí estão os benefícios da chuva.

José Doutel Coroado disse...

Cara Profª Graça,
..."oferta generosa da natureza em festa"
Nem mais...
abs

tatiana ferreira disse...

Imagens deslumbrantes da nossa terra!

Anónimo disse...

Muito bonitas estas flores do campo. Já agora a prof. Graça podia dizer o nome de cada uma delas. Assim aumentávamos os nossos conhecimentos no que respeita à flora de Lebução.

Graça Gomes disse...

Se eu podia dizer o nome das flores? Se calhar até podia... mas não era a mesma coisa!
E tu, anónimo, podias ir dar uma volta. Olha que ninguém daria pela tua ausência.

Diogo Gomes disse...

Eu gosto muito destas flores bonitas que nascem nos campos de Lebução.
E também gosto muito de Lebução.
Quando venho cá fico muito contente porque vejo a minha família e os meus gatinhos fofinhos.
E jogo á bola com a minha avó Gracinha.

Alexandra Gomes disse...

Que flores tão lindas!!!!
Simples, maravilhosas e delicadas!!!
Parabéns